7 prêmios que a Câmara deveria dar para políticos
O governador Geraldo Alckmin, por exemplo, receberá da Câmara um prêmio por sua gestão dos recursos hídricos, mesmo com a crise de água em SP
Da Redação
Publicado em 23 de setembro de 2015 às 20h21.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h31.
São Paulo - Em meio à maior crise de falta de água dos últimos tempos em São Paulo, a Câmara dos Deputados parece ter entendido o conceito de gestão de recursos hídricos ao contrário. A Comissão de Desenvolvimento Urbano da Casa anunciou que premiará o governador do estado, Geraldo Alckmin (PSDB), na categoria “Personalidades”, do Prêmio Lucio Costa de Mobilidade. O tucano foi indicado por "liderar um processo de gestão e de implementação de políticas públicas em saneamento e recursos hídricos que fazem de São Paulo o Estado mais próximo ao alcance da meta do país de universalização dos serviços de saneamento básico”. Inspirado na criatividade da Câmara, o Brasil Post elencou outros sete prêmios que políticos deveriam receber. Confira nas imagens.
Depois de negar inúmeras vezes, a Justiça comprovou e o Supremo Tribunal Federal mandou o ex-prefeito de São Paulo, Paulo Maluf, devolver US$ 54 milhões que foram desviados dos cofres do Palácio dos Bandeirantes para contas pessoais na Suíça, em Luxemburgo, na França e e Jersey. “Já disse mil vezes e vou repetir democraticamente mais uma: não tenho conta na Suíça”, repetiu Maluf incontáveis vezes. Só por essa o prêmio de honestidade já deveria ter sido entregue a ele.
Autora de frases emblemáticas e mestre em começar a desenvolver uma ideia e trocar de assunto antes da sentença terminar, a presidente Dilma Rousseff merece o prêmio de Comunicação do ano. Não é todo mundo que cria a mulher sapiens e sauda a mandioca no mesmo evento.
Coerência e conexão com o mundo contemporâneo é tudo que falta para o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ). O deputado coleciona frases polêmicas, conflitos e ataques às mulheres e minorias do país. Só com muito equilíbrio para manter posições autoritárias e antidemocráticas, como faz o deputado.
É assim que os irmãos Cid e Ciro Gomes agem. Com eles, não tem essa de guardar informação e tentar contornar situações adversas. Se eles têm uma opinião, vão com ela até o fim. Foi assim que Cid Gomes deixou de ser ministro da Educação. Foi na Câmara dos Deputados se explicar, ensaiar um pedido de desculpas, mas reiterou tudo que pensava. Ciro não deixou o irmão sozinho e entrou na briga. Chamou o presidente da Casa de “maior vagabundo de todos”. Com esses irmãos, não há outro desfecho, além da bandeira da Paz.
Não deu certo? A gente tenta de novo… até sair como "eu" quero. Haja determinação. E é por isso que o presidente da Câmara dos Deputados deveria ser indicado a um prêmio na categoria Determinação. Só este ano, ele achou brechas no regimento para voltar a bola, pelo menos três vezes, e bater o pênalti de novo. Foi assim no projeto que amplia a terceirização, na redução da maioridade penal, na constitucionalização do financiamento privado de campanha.
O governo está em frangalhos. Um dos principais problemas é a articulação política, liderada pelo ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante. São telefones que não são repassados a presidente, acordos que chegam na Casa Civil e ficam travados e falta de traquejo que fazem com que o petista, pelos critérios da Câmara, seja um dos mais indicados para receber o prêmio de Habilidade Política.
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