Bahia sofre com a atuação de facções criminosas, como o Comando Vermelho - organização foi alvo da Operação Freedom no começo de novembro deste ano (Divulgação/ASCOM-PCBA)
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Publicado em 12 de dezembro de 2025 às 17h48.
Para 51,8% dos brasileiros, a atuação do governo federal na área da segurança pública é ruim, segundo pesquisa do Instituto Futura, divulgada nesta sexta-feira, 12.
Segundo o levantamento, 18,2% acham a atuação da gestão Lula no tema ótima ou boa, enquanto 27% a consideram regular.
O Futura também perguntou a opinião dos entrevistados sobre a crise de segurança nos estados da Bahia e Rio Grande do Norte. Entre os entrevistados, 44,1% disseram que não estão acompanhando as notícias sobre o assunto, enquanto 30,1% falaram que "só ouviram por alto" e apenas 24,8% afirmaram estar acompanhando.
Quando perguntados se o governo deveria enviar a Força Nacional para esses estados, 76,3% se disseram a favor, enquanto 12,8% responderam ser contra. Quando considerado necessário, o Governo Federal pode autorizar o emprego da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) em determinados locais ou unidades da federação para apoiar as forças de segurança.
A pesquisa foi feita com 2.001 entrevistas por telefone entre 3 e 9 de dezembro de 2025, em 887 cidades diferentes. O índice de confiança é de 95% e a margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Na Bahia, ocorreu uma grande operação no começo de novembro contra o Comando Vermelho (CV), facção surgida do Rio de Janeiro e que atua em outras regiões do país. Na megaoperação no Rio de Janeiro, que resultou em mais de 120 mortos, por exemplo, o governo fluminense informou que algumas das lideranças da facção, mortas na ação policial, atuavam na Bahia.
Na quinta-feira, 11, o Ministério Público do Rio Grande do Norte deflagrou a operação "Entre Dois Mundos", contra uma servidora que atuava para ajudar líderes e integrantes da facção Sindicato do Crime.
Segundo o MPRN, a servidora utilizava as credenciais para "manipular o andamento processual, direcionar decisões, beneficiar e fornecer informações confidenciais à organização criminosa", já que ela tinha acesso aos processos judiciais.