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5 assuntos quentes para o Brasil na próxima semana: vem aí novo aumento da Selic?

Agenda forte tem Copom no Brasil e paryoll nos Estados Unidos, com debate sobre uma nova alta de juros na maior economia do mundo

Semana será quente, com decisão do Copom e expectativas de novos aumentos de juros nos EUA (Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Semana será quente, com decisão do Copom e expectativas de novos aumentos de juros nos EUA (Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

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Bloomberg

Publicado em 30 de julho de 2022 às 14h22.

Última atualização em 2 de agosto de 2022 às 18h16.

Semana de agenda forte traz Copom aqui e payroll nos EUA, que deve acirrar debate sobre a estratégia do Fed. Balanço do Bradesco e assembleia da Eletrobras são os destaques corporativos.

Copom e ciclo

O mercado precifica uma alta de 0,50 ponto percentual da Selic, para 13,75%, no Copom da próxima quarta-feira. A maior expectativa reside no comunicado da decisão. A curva de juros precifica ao menos uma elevação adicional em setembro, para 14%, mas parte dos analistas considera que o BC poderá encerrar o ciclo de aperto monetário já nesta reunião. Os investidores vão avaliar também, no comunicado, eventuais pistas sobre por quanto tempo a Selic vai permanecer inalterada após o último aumento.

Inflação

Mercado avalia na próxima semana os primeiros números fechados da inflação de julho, que deve refletir o efeito da queda dos impostos sobre combustíveis e outros preços. As expectativas de curto prazo são também favorecidas pela Petrobras, que reduziu o preço da gasolina pela 2ª vez em duas semanas. O IPC-S de julho sai já na segunda-feira, na abertura de semana que ainda terá IPC-Fipe e IGP-DI. IPCA-15 mais recente ficou abaixo do previsto e reforçou expectativas de deflação no mês, mas pressão dos serviços preocupou analistas. A última pesquisa Focus antes do Copom e dados da produção industrial e balança também estão no radar.

Payroll nos EUA

Mercados devem seguir reagindo aos dados americanos depois que o PCE - um dado de inflação fundamental para o Fed - e um índice de custos de emprego nesta sexta-feira superaram as estimativas. Números elevados, na contramão da queda do PIB anotada um dia antes, reforçaram argumentos em favor de uma alta maior dos juros do Fed, apesar da fala do presidente Jerome Powell vista como dovish e que ajudou os ativos de risco nos últimos dias. O maior potencial de impacto nos ativos vem com o payroll, na próxima sexta, que tem estimativa de desaceleração para 250.000 vagas. Outros dados, como ISM e pedidos às fábricas, também serão acompanhados. Estão previstas ainda falas dos dirigentes do Fed Charles Evans, James Bullard e Loretta Mester. Commodities podem reagir a PMIs na China e reunião da Opep+ para decidir sobre produção de petróleo. Banco da Inglaterra deve acelerar o ritmo da alta de juros na quinta-feira.

PIB desencadeia guerra de palavras enquanto americanos sofrem.

Pesquisas eleitorais

A cerca de dois meses do primeiro turno, o mercado segue com as pesquisas eleitorais no radar. Pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira mostrou que o ex-presidente Lula manteve ampla vantagem sobre Jair Bolsonaro. No entanto, segundo a Folha, o atual presidente conseguiu pequena melhora em alguns segmentos, como o eleitorado feminino e os mais pobres. Melhora veio após redução dos combustíveis e aumento do Auxílio Brasil, que começa a ser pago em agosto.

Empresas

A bolsa brasileira informa na segunda-feira a prévia da nova carteira do índice Ibovespa que entra em vigor em setembro. A lista de balanços da semana inclui Bradesco na quinta-feira, além de Cielo, Embraer e Alpargatas. Eletrobras, agora com capital pulverizado e sem controle do governo, reúne os acionistas para escolher o novo conselho na sexta-feira. O novo conselho pode aprovar o retorno de Wilson Ferreira Júnior para o comando da empresa, segundo Estado. Ele está deixando o cargo de CEO da Vibra.

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