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10 Medidas hoje?; Protestos em Brasília…

Dez medidas devem ser votadas ainda hoje O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, confirmou para esta terça-feira a votação das Dez Medidas Contra a Corrupção. As propostas deveriam ter começado a ser discutidas às 13h55, mas a sessão atrasou. A polêmica da anistia do caixa dois em campanhas passadas, que parecia ter sido […]

MANIFESTANTES EM BRASÍLIA: movimentos sociais de esquerda protestaram contra a votação da PEC do teto de gastos na Esplanada dos Ministérios. Polícia reprimiu com bombas e houve depredação. / Agência Brasil

MANIFESTANTES EM BRASÍLIA: movimentos sociais de esquerda protestaram contra a votação da PEC do teto de gastos na Esplanada dos Ministérios. Polícia reprimiu com bombas e houve depredação. / Agência Brasil

DR

Da Redação

Publicado em 29 de novembro de 2016 às 17h49.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h06.

Dez medidas devem ser votadas ainda hoje

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, confirmou para esta terça-feira a votação das Dez Medidas Contra a Corrupção. As propostas deveriam ter começado a ser discutidas às 13h55, mas a sessão atrasou. A polêmica da anistia do caixa dois em campanhas passadas, que parecia ter sido enterrada depois da coletiva do presidente Michel Temer, do presidente do Senado, Renan Calheiros, e de Maia, retornou às discussões. Deputados também articulam outras mudanças no parecer do relator Onyx Lorenzoni, que foi votado na comissão especial na semana passada. Maia garantiu que a votação será nominal, ao contrário do que defendia a maioria dos deputados.

Ministério Público critica mudanças

O Ministério Público Federal de Curitiba, responsável pelas investigações da Lava-Jato e também pela elaboração das Dez Medidas que estão sendo votadas na Câmara, criticou a tramitação do projeto. O MP diz que as mudanças querem “desfigurar as Dez Medidas Contra a Corrupção” para atentar contra o Judiciário. Uma das propostas que pode ser votada cria o crime de responsabilidade para integrantes do poder. De acordo com a nota, ela seria descabida para o momento, que “clama por medidas contra a corrupção, e não a favor”. Os membros do MP classificaram as mudanças como a criação da “Lei do Terror”.

Protesto no Congresso

Movimentos sociais de esquerda estão protestando na Esplanada dos Ministérios, em frente ao Congresso Nacional. A estimativa é que sejam pelo menos 12.000 pessoas. Manifestantes jogaram pedras na polícia, que respondeu com bombas de gás lacrimogênio. Os manifestantes protestam contra a PEC do Teto de Gastos e o desenrolar dos acontecimentos envolvendo o presidente Michel Temer nas últimas semanas.

PF envia áudios ao STF

A Polícia Federal enviou nesta terça-feira os áudios da gravação que o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero fez com membros do governo, incluindo com o presidente Michel Temer. Calero pediu demissão na sexta-feira 18, alegando que sofreu pressão de Temer e do ex-ministro Geddel Vieira Lima para liberar a construção de um edifício em Salvador. Em um dos áudios, Calero pede demissão a Temer, que pede desculpas por ter insistido para que o ministro ficasse no cargo. Em outra gravação, o secretário de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Gustavo Rocha, pede para que Calero encaminhe o caso à Advocacia-Geral da União. Essa era a estratégia, de acordo com Calero, para que o edifício fosse aprovado, mesmo contra a vontade do Iphan, que é responsável por autorizar tal tipo de construção.

Oposição pedirá impeachment de Temer

Uma união de partidos da oposição com movimentos sociais, incluindo PT, PCdoB, PDT, PSOL, UNE (União Nacional dos Estudantes), CUT (Central Única dos Trabalhadores) e MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), vai protocolar no dia 6 de dezembro outro pedido de impeachment do presidente Michel Temer com base no caso da pressão sobre o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero. A tendência é que o documento seja arquivado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, aliado de Temer. O pedido se junta a outro feito pelo PSOL com a mesma base na última segunda-feira.

Doria estuda aumentar idade para gratuidade

O prefeito eleito de São Paulo, João Doria, estuda aumentar a idade mínima para aposentados usarem a gratuidade no transporte público na cidade de 60 para 64 anos. O valor gasto com subsídios no transporte é uma das grandes preocupações de Doria, que estuda alternativas para não aumentar o valor da passagem. Além de elevar a idade para a gratuidade de idosos, a nova administração cogita cortar a gratuidade para estudantes. Atualmente, a prefeitura gasta 2 bilhões por ano com esse subsídio e, para congelar a passagem em 3 reais e 80 centavos, seria necessário o desembolso de mais 1 bilhão.

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