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WikiLeaks promete 15 mil documentos secretos em duas semanas

O fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, prometeu a publicação de mais 15.000 documentos confidenciais sobre a guerra no Afeganistão

O fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, prometeu a publicação de mais 15.000 documentos confidenciais sobre a guerra no Afeganistão dentro de duas semanas, mas destacou que deseja atuar com prudência (.)

O fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, prometeu a publicação de mais 15.000 documentos confidenciais sobre a guerra no Afeganistão dentro de duas semanas, mas destacou que deseja atuar com prudência (.)

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Da Redação

Publicado em 18 de agosto de 2010 às 14h28.

Estocolmo - O fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, prometeu neste sábado a publicação de mais 15.000 documentos confidenciais sobre a guerra no Afeganistão dentro de duas semanas, mas destacou que deseja atuar com prudência.

"Analisamos 8.000 documentos de 15.000. Se continuarmos em nosso ritmo atual, deveremos levar duas semanas", declarou Assange ao ser questionado sobre a data de publicação dos documentos, antes de uma conferência em Estocolmo.

O fundador do WikiLeaks anunciou que seu site, especializado em vazar informações de inteligência, atua com "prudência" e examina "linha por linha" os documentos em questão, após um novo pedido do Pentágono para que o portal não divulgue nada por razões de segurança.

"Todos os documentos serão publicados, mas os textos serão editados para proteger os nomes das partes inocentes que estão sob uma ameaça significativa", disse Assange a um grupo reduzido de meios de comunicação, incluido a AFP

O Pentágono advertiu na sexta-feira que a divulgação de novos arquivos secretos sobre o conflito no Afeganistão pelo Wikileaks seria "ainda mais prejudicial" que a publicação inicial de 76.000 documentos, que já provocou uma tempestade midiática em todo o mundo.

Algumas ONGs, como a Repórteres Sem Fronteiras (RSF), questionaram a publicação, que para elas poderiam colocar em risco vidas humanas, especialmente de afegãos que colaboram com as forças americanas e internacionais.

"As organizações que se sentem incomodadas com a divulgação de documentos sempre pedem que eles não sejam publicados", lembrou Assange, pouco antes de um seminário organizado pelo Partido Social-Democrata Sueco com o título "A primeira vítima da guerra é a verdade".

"O Wikileaks não será ameaçado nem pelo Pentágono nem por qualquer outro grupo", afirmou o fundador do site.

"Procedemos com segurança e prudência, sempre foi assim", completou.

Os 15.000 documentos que devem publicados em breve integram um pacote de 92.000 documentos confidenciais sobre operações militares no Afeganistão, a maior parte dos quais o site vazou em julho para os jornais The New York Times (EUA), Der Spiegel (Alemanha) e The Guardian (Inglaterra).

"Estes documentos são os que deixamos de lado porque contêm certas designações, o que significa que há mais possibilidades de que contenham informações pessoais", explicou.

"Precisam de um estudo linha por linha e fazer isto sempre foi nossa intenção", completou, antes de esclarecer que não existe "autocensura" e que os meios de comunicação ajudariam a esmiuçar a informação.

O Wikileaks foi fundado em 2006 por Assange - que disse à AFP ter nascido na Austrália em 1971 - com o objetivo de "libertar a imprensa, revelar os abusos e preservar os documentos que fazem a história".

O maior precedente do site foi o vazamento de um vídeo do exército dos Estados Unidos de 2007 que mostrava um ataque de soldados deste país no Iraque, no qual um câmera da Reuters foi morto.

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