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Videogame recria violência de protestos em Hong Kong

Não estamos falando de Grand Theft Auto ou Call of Duty. Mas de um game sobre os protestos pró-democracia em Hong Kong

Manifestante-Hong-Kong (Foto/AFP)

Manifestante-Hong-Kong (Foto/AFP)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 3 de novembro de 2019 às 08h36.

Última atualização em 3 de novembro de 2019 às 08h38.

Na selva de concreto de uma metrópole moderna, um jovem de preto se prepara para enfrentar policiais hostis, armados com gás lacrimogêneo e munições. Mascarado e com capacete, ele se move por barricadas de metal, carros em chamas e letreiros de neon piscando, a um passo de ser preso, ou algo pior.

Não estamos falando de Grand Theft Auto ou Call of Duty. Mas de um game sobre os protestos pró-democracia em Hong Kong.

Desenvolvido em uma semana por um grupo de estudantes e profissionais de escritórios, o Liberate Hong Kong é uma simulação em primeira pessoa e extremamente rudimentar do movimento muitas vezes violento contra a China, que controla a cidade semiautônoma desde meados do ano.

O jogo mostra a experiência sombria de um manifestante da linha de frente que se esquiva de projéteis da polícia. O game será lançado este mês nas versões para PC e realidade virtual, disseram os desenvolvedores.

Os desenvolvedores do Liberate Hong Kong esperam que a simulação do movimento democrático da cidade ajude pessoas de fora a entenderem melhor o que está acontecendo nas ruas de Kowloon e Wanchai. Desenvolveram o jogo após a decisão da Activision Blizzard de banir o jogador Ng Wai Chung, mais conhecido como Blitzchung, por ter organizado um protesto improvisado durante um webcast após o jogo.

Para tornar o jogo mais fiel à vida real, os desenvolvedores gravaram cantos diretamente das ruas de Hong Kong e recriaram expressões de protesto, desde slogans pintados com spray até o criativo “Lennon Walls” em post-its que se espalharam pela cidade.

 

 

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