Hipermercado do grupo varejista Walmart: das 6h às 18h, a empresa disse ter vendido o equivalente a uma semana comum de televisores de tela plana (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 29 de novembro de 2013 às 07h03.
São Paulo - O pontapé inicial era às 0h desta sexta-feira, 29, mas algumas empresas não quiseram nem esperar a virada do relógio. Com centenas de sites e lojas participantes, a Black Friday, evento originalmente americano de megapromoções do comércio eletrônico e do varejo, chega à sua quarta edição no Brasil, com a missão de apagar a imagem de fraudes e conquistar o consumidor com boas ofertas.
A rede Walmart foi uma das primeiras varejistas a antecipar o evento, e abriu as portas na quinta-feira, 28, às 6h. "Nas primeiras horas, o movimento estava mais tranquilo, mas por volta das 11h as lojas já estavam lotando", disse César Cinelli, vice-presidente do Walmart Brasil.
O destaque da vez foram os tablets. "Vendemos em um dia o equivalente a um mês de tablets", afirmou. Alguns modelos de sete polegadas saíam com R$ 100 de desconto. A venda de TVs também foi expressiva. Das 6h às 18h, a empresa disse ter vendido o equivalente a uma semana comum de televisores de tela plana. Outro ponto alto foi o setor de bebidas quentes, sobretudo uísque - que também vendeu o equivalente a um mês. Um Black Label saía de R$ 117,90 por R$ 79,90.
A loja online do Magazine Luiza também antecipou a data com um "Esquenta", dando início às promoções na quarta-feira à noite, com descontos de até 70%. "Estamos negociando com a indústria há pelo menos quatro meses para conseguir preços que vão superar a expectativa dos nossos clientes", afirmou Décio Sonohara, diretor de e-commerce da loja.
A rede Extra deu início à ação às 22h de quinta-feira, 28, com algumas lojas abertas até na madrugada, a fim de completar uma maratona de 26 horas. A Fnac, loja de livros e eletrônicos, abriu as portas às 20h prometendo descontos de até 80%, tanto na loja física quanto pela internet.
Apesar de algumas empresas terem se antecipado à data oficial, muitas em até uma semana, a grande expectativa do varejo e do comércio eletrônico recai sobre o dia de hoje.
"O consumidor deve evitar os horários de pico (das 12h às 14h), pesquisar os preços antes de comprar e procurar os produtos que estão em promoção no site", diz Pedro Eugênio, CEO do Busca Descontos, empresa que trouxe a Black Friday ao Brasil. A expectativa é de que o evento movimente R$ 340 milhões neste ano, o que representaria um crescimento de quase 60% em relação ao ano passado.
No entanto, apesar de o Busca Descontos ser o agregador de ofertas oficial do evento no País, com cerca de 120 empresas cadastradas, muitas outras lojas e sites fazem promoções de forma independente, o que confere ao consumidor a tarefa de expandir sua pesquisa.
Outro agregador de promoções é o site SaveMe, que deu início ao evento às 23h de ontem, buscando driblar o "congestionamento" de tráfego da abertura oficial, à meia-noite. "Nosso diferencial vai ser, além de produtos, fazer também serviços, como idas ao restaurante, ao salão de beleza e viagens", disse Guilherme Wroclawfki, sócio-fundador do site. Por ser parceiro do Buscapé, o portal vai disponibilizar o comparador de preços da empresa para que os consumidores vejam o histórico de preços.
Uma das ofertas que constam no site é uma ação da concessionária Grand Brasil. "Estamos com 20 ofertas de carros da Nissan, Toyota, Hyundai e Renault. São 50 carros e o maior desconto chega a R$ 11 mil", disse Cristiane Müller, gerente de marketing da Grand Brasil.
Black 'Fraude'
Apesar de o início oficial da Black Friday ter sido apenas nesta madrugada, na tarde de ontem já começaram a pipocar pela web reclamações sobre preços que subiram na véspera do evento, o que retomaria a imagem de "Black Fraude" - tônica da edição realizada no ano passado.
O site Reclame Aqui terá um canal direto para registro de reclamações de golpes e falsas promoções no site oficial da Black Friday. O consumidor também pode checar a reputação de uma empresa no site da Serasa Experian, além de comparar o histórico de preços em sites como o JáCotei e o Baixou. Colaborou Thiago Mattos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.