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Twitter suspende conta que rastreava jato de Elon Musk

Com cerca de 500 mil seguidores, o perfil @ElonJet usava dados públicos para indicar automaticamente quando e onde decolava e aterrissava a aeronave de Musk

(CARINA JOHANSEN/Getty Images)
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AFP

Publicado em 14 de dezembro de 2022 às 18h44.

Última atualização em 14 de dezembro de 2022 às 18h46.

Uma conta do Twitter que divulgava os voos do jato particular de Elon Musk informou nesta quarta-feira, 14, que foi suspensa pela plataforma, apesar da promessa do empresário de não tocá-la em nome da liberdade de expressão.

“Bem, parece que @ElonJet está suspensa”, tuitou seu criador, o estudante Jack Sweeney, em sua conta pessoal @JxckSweeney.

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Com cerca de 500 mil seguidores, o perfil @ElonJet usava dados públicos para indicar automaticamente quando e onde decolava e aterrissava a aeronave de Musk, também chefe das empresas SpaceX e Tesla.

O bilionário havia dito publicamente que não mexeria nessa conta depois de adquirir o Twitter, compra concretizada no fim de outubro por 44 bilhões de dólares.

“Meu compromisso com a liberdade de expressão se estende inclusive a não proibir a conta que segue meu avião, ainda que isso seja um risco direto para minha segurança pessoal”, afirmou no início de novembro.

A conta pessoal de Sweeney segue, porém, acessível e indica como encontrar informações sobre o jato de Musk em outras redes sociais, como Instagram, Facebook e Mastodon.

Sites de acompanhamento de voos e diversas contas do Twitter oferecem dados em tempo real do tráfego aéreo.

As normas dos Estados Unidos exigem que aviões em áreas designadas estejam equipados com tecnologia que transmita suas posições utilizando sinais que podem ser captados por dispositivos relativamente simples.

Descobrir ou confirmar a quem pertence realmente uma aeronave pode requerer um pouco de investigação, disse Sweeney, que apresentou uma solicitação de registros públicos ao governo americano para confirmar a propriedade de Musk.

A suspensão do perfil ocorre um dia após o cofundador e ex-CEO do Twitter, Jack Dorsey, defender publicamente os funcionários da empresa de tecnologia, criticados pelo bilionário por decisões relacionadas à moderação de conteúdo.

“Acredito firmemente que qualquer conteúdo produzido por alguém para a internet deve ser permanente até que o autor original escolha deletá-lo”, escreveu Dorsey.

Desde que assumiu o Twitter, Musk enviou mensagens contraditórias sobre o que está autorizado ou não na plataforma. Restaurou contas antes suspensas pela rede, incluindo a do ex-presidente dos EUA, Donald Trump.

Mas também cancelou a página do rapper Kanye West após a publicação de mensagens consideradas antissemitas. E rejeitou o retorno de Alex Jones, condenado a pagar uma indenização de 1,5 bilhão de dólares por desacreditar o massacre da escola Sandy Hook em 2012.

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