Tecnologia

TIM busca avanço de serviços de dados móveis

A segunda maior operadora móvel do país participará, inclusive, do leilão da frequência 2,5 gigahertz destinada à internet 4G

Em um cenário de acirrada concorrência, a TIM prevê um ambiente de queda de preços no curto prazo na telefonia móvel (Lia Lubambo/EXAME)

Em um cenário de acirrada concorrência, a TIM prevê um ambiente de queda de preços no curto prazo na telefonia móvel (Lia Lubambo/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 27 de abril de 2012 às 20h24.

Rio de Janeiro - A TIM quer acelerar a migração de telefonia fixa para móvel como forma de continuar seu forte crescimento em um cenário de forte competição e pressão de preços, buscando avançar ainda mais no segmento de dados.

A segunda maior operadora móvel do país participará, inclusive, do leilão da frequência 2,5 gigahertz destinada à Internet de quarta geração (4G) programado para junho, confirmou nesta sexta-feira o presidente da companhia, Luca Luciani.

Em um cenário de acirrada concorrência, a TIM prevê um ambiente de queda de preços no curto prazo na telefonia móvel, e avalia estar bem posicionada nesse cenário.

Mas a TIM considera que precisa "forçar ainda mais" a substituição de telefonia fixa pela móvel para continuar avançando fortemente, de acordo com o executivo.

"No mercado tradicional da voz, mais visível ainda na longa distância, a competição de preço cresceu... na comparação da oferta entre as maiores operadoras é visível que não podemos confiar mais em uma vantagem de preço", afirmou Luciani em teleconferência com analistas e jornalistas.

"Com isso só temos uma resposta: aquela de forçar ainda mais a substituição fixo-móvel, ou seja, gerar mais minutos de voz sainte que é nosso motor de crescimento, defender o preço em voz, e com isso transformar nosso perfil de receita, com mais dados", disse.

A companhia já vê também uma migração de uso fixo para móvel no segmento dados, e espera forte crescimento no curto prazo. "Em poucos meses, o volume de dados móveis vai ser o dobro que temos visto até hoje", disse Luciani.

A receita bruta de dados avançou 56,1 por cento nos três primeiros meses do ano sobre o mesmo intervalo de 2011, para 1 bilhão de reais, e alcançou 18 por cento da receita móvel total.

CONCORRÊNCIA A telefonia móvel no Brasil apresentou forte crescimento no último ano e nos primeiros meses de 2012, com as operadoras sendo agressivas em promoções a consumidores em um país com mais de 250 milhões de linhas.

Mas principais serviços da TIM têm dado bons resultados e a busca de concorrentes em seguir o conceito dos chamados planos ilimitados não prejudica a empresa.

"A gente não está sofrendo por isso", disse Luciani. "Por enquanto, as concorrentes baixam o preço, e a nossa visão é de não baixar (nosso) preço, porém adicionar coisas a mais que sejam interessantes a nossos clientes".

Apesar da queda na geração de caixa total, a margem Ebtida de serviços no primeiro trimestre continuou estável ano a ano.

Na quinta-feira, a empresa apresentou uma queda na sua margem Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de mais de 1 ponto percentual, para 26,2 por cento no primeiro trimestre do ano, atribuída ao crescimento de receita com aparelhos que diluíram a margem Ebitda.

O lucro líquido foi de 29,5 por cento, para 276,4 milhões de reais, acima da média da previsão de analistas.

A recente reestruturação da Oi não deve mudar o jogo competitivo no segmento móvel neste momento, acrescentou Luciani.

"Nossos concorrentes principais são os que já temos", afirmou Luciani.

A Vivo, da Telêfonica Brasil, lidera o mercado, enquanto a TIM, da Telecom Italia fica em segundo, após ter tomado a posição da Claro, da América Móvil, na segunda metade de 2011. A Oi é a quarta colocada.

4G Como esperado, a companhia também participará do leilão de frequência para Internet de quarta geração (4G), marcado para acontecer em junho, confirmou Luciani.

"É isso, nós vamos (participar) porque depois do debate do que aconteceu nos últimos seis meses... a situação mudou bem, está bem redonda, com quatro segmentos nacionais, com um nível de preço base no leilão que deixa mais espaço para investir depois da compra da licença", afirmou o presidente da TIM.

O governo espera arrecadar 3,8 bilhões de reais com a venda de lotes do leilão da frequência de 2,5 gigahertz, destinada à quarta geração de telefonia móvel (4G), e 450 megahertz, voltada à área rural, informou a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) nesta sexta-feira.

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