TikTok passa a testar vídeos de 60 minutos e acirra disputa com YouTube
Plataforma de rede social está testando nova funcionalidade no aplicativo
Redação Exame
Publicado em 17 de maio de 2024 às 10h10.
TikTok liberou para alguns usuários a opção de subir vídeos de 60 minutos na plataforma. Essa possibilidade pode significar um grande problema para o YouTube e plataforma de streaming. A informação foi confirmada pela rede social chinesa ao TechCrunch.
Não está claro em quais regiões a atualização do TikTok estará disponível e se será acessível a mais usuários. A empresa informou ao TechCrunch que não planeja disponibilizar a função amplamente no momento. A atualização é um esforço da plataforma para expandir suas ofertas à medida que o crescimento do usuário desacelera.
Embora nem todos estejam interessados em assistir a conteúdos mais longos no TikTok, a empresa tem procurado aprimorar a experiência de visualização para usuários que assistem a conteúdos longos. Por exemplo, a empresa tem testado um modo horizontal de tela inteira e miniaturas de remoção de vídeo. Ele também lançou um recurso no ano passado que permite avançar vídeos mantendo pressionado o lado direito de um vídeo.
Originalmente, os vídeos eram limitados a 60 segundos, mas agora podem ter até 10 minutos para todos os usuários e 15 para alguns criadores, competindo com Instagram Reels e YouTube Shorts.
TikTok supera YouTube em minutos
O teste colocaria o TikTok em uma posição semelhante à do YouTube, permitindo vídeos mais longos, como tutoriais e vlogs. O YouTube supera o TikTok em usuários nos EUA, com 83% dos adultos usando o YouTube, contra 33% usando o TikTok, segundo pesquisa do Pew Research Center. No entanto, o TikTok está à frente em minutos assistidos por dia. Em 2024, espera-se que os usuários do TikTok passem em média 55 minutos diários na plataforma, cinco minutos a mais que no YouTube.
O recurso de vídeos mais longos no TikTok pode ameaçar serviços de streaming como Netflix e Hulu. A plataforma já tem muitos clipes curtos de programas e filmes populares, e a possibilidade de carregar vídeos mais longos pode aumentar essa prática.
Redes de televisão também estão usando o TikTok; por exemplo, a Peacock carregou um episódio piloto de "Killing It" em partes, que teve milhões de visualizações. Vídeos mais longos permitiriam o carregamento de episódios completos, potencialmente desviando audiência de serviços de streaming tradicionais.
TikTok banido nos EUA
Uma lei aprovada pelo Congresso americano e sancionada pelo presidente Joe Biden no mês passado determinou que a chinesa ByteDance, dona do TikTok, vendesse as operações da rede social nos EUA. A lei determina que o aplicativo corte por completo seus laços com a China, sob pena de ser banido do mercado americano.
A avaliação dos legisladores é que as ligações do TikTok com Pequim põe em risco a segurança e a privacidade de dados de cidadãos americanos, o que a ByteDance nega. A empresa e criadores de conteúdo foram à Justiça nos EUA contra a nova lei.