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TI e telecom custarão US$ 175 bi em 2014 no Brasil, diz IDC

O crescimento, acima do estimado para a América Latina (8,2%) e o restante do mundo (4%), consolidará o Brasil como o quarto maior mercado mundial

Pessoas mexem em laptops: segundo a consultoria, crescimento nas vendas de software neste ano deve ser de 11%, seguido por serviços (10%) e hardware (quase 9%) (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2014 às 16h36.

Os gastos das empresas brasileiras com TI e telecomunicações devem crescer 9,2% neste ano e totalizar US$ 175 bilhões, de acordo com projeção da IDC.

O crescimento, acima do estimado para a América Latina (8,2%) e o restante do mundo (4%), consolidará o Brasil como o quarto maior mercado mundial, atrás apenas de Estados Unidos, China e Japão.

A expansão deve ser impulsionada pelo o que a IDC denomina de "terceira plataforma", nova onda tecnológica em que a computação em nuvem, aplicativos e dispositivos móveis, big data e redes sociais ditam as formas com que softwares e serviços estão sendo entregues ao mercado.

De acordo com a consultoria, o crescimento nas vendas de software neste ano deve ser de 11%, seguido por serviços (10%) e hardware (quase 9%). A IDC qualifica como "primeira plataforma" a era dos mainframes e a "segunda plataforma" como a era marcada pelo advento dos PCs e Internet.

Diante deste cenário, a IDC destaca as dez principais tendências para o mercado brasileiro de TI e telecom neste ano, que podem ser conferidas a seguir:

1 – Executivos de negócios aumentam influência nos investimentos de TI: segundo a consultoria, dos US$ 175 bilhões a serem investidos pelas empresas em TI e telecom no País neste ano, US$ 6 bilhões serão provenientes de orçamentos das áreas de negócios.

2 – A terceira plataforma incentiva o upgrade das redes de dados corporativas: as redes corporativas devem se modernizar com a chegada de novos dispositivos e aplicações, motivo pelo qual aumentará o volume de informações trafegadas.

3 – Influência da terceira plataforma na venda de serviços de telecom: de acordo com a IDC, a receita com serviços de dados móveis registrará o maior crescimento neste ano, de 21%, seguida pela receita com serviços de data center (13%), voz móvel (11,4%) e dados fixos (9,7%). Já os serviços de voz fixa serão únicos a apresentar queda na receita, de 2,4%, o que tende a se repetir nos próximos anos. A IDC projeta que até o fim deste ano, o número de assinantes de serviços 4G no Brasil chegue a três milhões, devido ao aumento na cobertura das redes. Segundo dados da Anatel referentes a dezembro de 2013, o País contava com 1,309 milhão de acessos LTE.


4 – Big data/Analytics: a projeção é que os gastos com big data e analytics atinjam US$ 426 milhões neste ano, impulsionados pelos segmentos de varejo, telecom e finanças. "Apesar do amadurecimento das estruturas de big data, a escassez de mão de obra especializada continuará sendo um desafio para as empresas" pontua Luciano Ramos, coordenador de pesquisa de software da IDC.

5 – Data centers: com o crescimento da demanda por serviços de data centers, haverá maior busca por aumento da produtividade, o que acarretará na renovação de data centers mais antigos. Ainda segundo a consultoria, a busca por serviços de colocation e hosting permanecerá forte, apesar do crescimento na contratação de infraestrutura como serviço (IaaS). A IDC projeta que 20% dos servidores vendidos no país neste ano serão utilizados em data centers.

6 – Modernização de aplicações alavanca adoção da cloud pública: os investimentos em cloud pública devem alcançar US$ 569 milhões, alavancados principalmente por software como serviço (SaaS). Em 2017, a cifra deve saltar para US$ 2,6 bilhões. Os serviços de cloud pública devem crescer 67% neste ano. "Em 2010, quando a IDC deu início às previsões regionais, apenas 3,5% dos CIOs brasileiros se interessavam por computação em nuvem", afirma Alexandre Campos, diretor de pesquisa e consultoria para consumo e telecom da IDC. A consultoria ressalta que, hoje, muitas empresas com sistemas e aplicações internas migram a última camada (de apresentação web) para cloud.

7 – Transição para dispositivos móveis segue acelerada: os smartphones e tablets continuarão a ser os principais responsáveis pelo crescimento do mercado de dispositivos móveis. Somente os smartphones devem responder por 71% das vendas de celulares neste ano, segundo a consultoria. A venda de "smart connected devices", ou "dispositivos inteligentes conectados", termo usado pela IDC para se referir a PCs, notebooks, tablets e smartphones, devem atingir 71 milhões de unidades em 2014, contra 57 milhões de dispositivos comercializados no ano passado.

8 – Mobilidade está entre as prioridades dos CIOs: a chamada consumerização de TI — fenômeno também conhecido pela sigla BYOD (bring your own device, ou traga seu próprio dispositivo) continuará a crescer. A projeção é que mais de cinco milhões de dispositivos pessoais sejam utilizados nas empresas neste ano.

9 – Enterprise Mobility: do e-mail para as aplicações móveis, grandes players da indústria de TI oferecem cada vez mais novos serviços móveis.

10 – Internet das Coisas acelerada por aplicações de negócios (B2B): as iniciativas mais significativas baseadas neste conceito, que deve movimentar US$ 2 bilhões no Brasil neste ano, serão advindas do setor de logística e transporte, para gestão da frota. Novas iniciativas deverão também ser observadas nos segmentos de saúde, seguros, manufatura e energia.

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Os gastos das empresas brasileiras com TI e telecomunicações devem crescer 9,2% neste ano e totalizar US$ 175 bilhões, de acordo com projeção da IDC.

O crescimento, acima do estimado para a América Latina (8,2%) e o restante do mundo (4%), consolidará o Brasil como o quarto maior mercado mundial, atrás apenas de Estados Unidos, China e Japão.

A expansão deve ser impulsionada pelo o que a IDC denomina de "terceira plataforma", nova onda tecnológica em que a computação em nuvem, aplicativos e dispositivos móveis, big data e redes sociais ditam as formas com que softwares e serviços estão sendo entregues ao mercado.

De acordo com a consultoria, o crescimento nas vendas de software neste ano deve ser de 11%, seguido por serviços (10%) e hardware (quase 9%). A IDC qualifica como "primeira plataforma" a era dos mainframes e a "segunda plataforma" como a era marcada pelo advento dos PCs e Internet.

Diante deste cenário, a IDC destaca as dez principais tendências para o mercado brasileiro de TI e telecom neste ano, que podem ser conferidas a seguir:

1 – Executivos de negócios aumentam influência nos investimentos de TI: segundo a consultoria, dos US$ 175 bilhões a serem investidos pelas empresas em TI e telecom no País neste ano, US$ 6 bilhões serão provenientes de orçamentos das áreas de negócios.

2 – A terceira plataforma incentiva o upgrade das redes de dados corporativas: as redes corporativas devem se modernizar com a chegada de novos dispositivos e aplicações, motivo pelo qual aumentará o volume de informações trafegadas.

3 – Influência da terceira plataforma na venda de serviços de telecom: de acordo com a IDC, a receita com serviços de dados móveis registrará o maior crescimento neste ano, de 21%, seguida pela receita com serviços de data center (13%), voz móvel (11,4%) e dados fixos (9,7%). Já os serviços de voz fixa serão únicos a apresentar queda na receita, de 2,4%, o que tende a se repetir nos próximos anos. A IDC projeta que até o fim deste ano, o número de assinantes de serviços 4G no Brasil chegue a três milhões, devido ao aumento na cobertura das redes. Segundo dados da Anatel referentes a dezembro de 2013, o País contava com 1,309 milhão de acessos LTE.


4 – Big data/Analytics: a projeção é que os gastos com big data e analytics atinjam US$ 426 milhões neste ano, impulsionados pelos segmentos de varejo, telecom e finanças. "Apesar do amadurecimento das estruturas de big data, a escassez de mão de obra especializada continuará sendo um desafio para as empresas" pontua Luciano Ramos, coordenador de pesquisa de software da IDC.

5 – Data centers: com o crescimento da demanda por serviços de data centers, haverá maior busca por aumento da produtividade, o que acarretará na renovação de data centers mais antigos. Ainda segundo a consultoria, a busca por serviços de colocation e hosting permanecerá forte, apesar do crescimento na contratação de infraestrutura como serviço (IaaS). A IDC projeta que 20% dos servidores vendidos no país neste ano serão utilizados em data centers.

6 – Modernização de aplicações alavanca adoção da cloud pública: os investimentos em cloud pública devem alcançar US$ 569 milhões, alavancados principalmente por software como serviço (SaaS). Em 2017, a cifra deve saltar para US$ 2,6 bilhões. Os serviços de cloud pública devem crescer 67% neste ano. "Em 2010, quando a IDC deu início às previsões regionais, apenas 3,5% dos CIOs brasileiros se interessavam por computação em nuvem", afirma Alexandre Campos, diretor de pesquisa e consultoria para consumo e telecom da IDC. A consultoria ressalta que, hoje, muitas empresas com sistemas e aplicações internas migram a última camada (de apresentação web) para cloud.

7 – Transição para dispositivos móveis segue acelerada: os smartphones e tablets continuarão a ser os principais responsáveis pelo crescimento do mercado de dispositivos móveis. Somente os smartphones devem responder por 71% das vendas de celulares neste ano, segundo a consultoria. A venda de "smart connected devices", ou "dispositivos inteligentes conectados", termo usado pela IDC para se referir a PCs, notebooks, tablets e smartphones, devem atingir 71 milhões de unidades em 2014, contra 57 milhões de dispositivos comercializados no ano passado.

8 – Mobilidade está entre as prioridades dos CIOs: a chamada consumerização de TI — fenômeno também conhecido pela sigla BYOD (bring your own device, ou traga seu próprio dispositivo) continuará a crescer. A projeção é que mais de cinco milhões de dispositivos pessoais sejam utilizados nas empresas neste ano.

9 – Enterprise Mobility: do e-mail para as aplicações móveis, grandes players da indústria de TI oferecem cada vez mais novos serviços móveis.

10 – Internet das Coisas acelerada por aplicações de negócios (B2B): as iniciativas mais significativas baseadas neste conceito, que deve movimentar US$ 2 bilhões no Brasil neste ano, serão advindas do setor de logística e transporte, para gestão da frota. Novas iniciativas deverão também ser observadas nos segmentos de saúde, seguros, manufatura e energia.

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