Tecnologia

Telefônica quer cobertura de fibra em 2 mi de casas em 2014

Companhia espera ter no fim de 2014 cobertura para dois milhões de acessos no Estado de São Paulo


	Telefônica: a iniciativa acompanha a tendência de operadoras nos mercados europeu e norte-americano para dar mais capacidade de dados na rede de telefonia fixa
 (Angel Navarrete/Bloomberg)

Telefônica: a iniciativa acompanha a tendência de operadoras nos mercados europeu e norte-americano para dar mais capacidade de dados na rede de telefonia fixa (Angel Navarrete/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de janeiro de 2014 às 15h09.

São Paulo - A Telefônica Brasil vai acelerar a expansão da oferta de rede de fibra óptica e espera ter no fim de 2014 cobertura para dois milhões de acessos no Estado de São Paulo, disse nesta segunda-feira o presidente-executivo da companhia, Antonio Carlos Valente.

"Esperamos com isso dar uma virada no serviço fixo", disse Valente a jornalistas durante o evento de tecnologia, ciência e mídias sociais Campus Party.

De acordo com o executivo, a iniciativa acompanha a tendência de operadoras nos mercados europeu e norte-americano de ampliar a capacidade de dados na rede de telefonia fixa e estancar a tendência de migração do tráfego para redes móveis.

No terceiro trimestre, a receita da companhia com serviços fixos de dados cresceu 1,9 por cento sobre um ano antes, para 904,2 milhões de reais, apoiada em parte por investimentos na rede de fibra.

Em dezembro, a companhia começou um projeto-piloto para instalar infraestrutura de telecomunicações toda baseada em fibra óptica em Águas de São Pedro, no interior paulista, município que quer tornar o primeiro do país com estrutura de telecomunicações toda baseada em sistemas digitais.

700 MHz Valente reafirmou o interesse da operadora em participar do leilão da faixa de 700 MHz, que será usada para serviços de telecomunicações da tecnologia 4G.

A nova destinação de frequências para telecomunicações entrará em vigor com a publicação do edital de licitação da faixa, mas depende primeiro de regulamentação contra interferências e do replanejamento de canais de radiodifusão.


"Esperamos ainda para este primeiro trimestre a definição sobre gestão de interferências e filtros do espectro", disse Valente. Para que a faixa de 700 MHz seja liberada, alguns canais de TV aberta analógica devem ser realocados em outra frequência.

A discussão sobre disponibilidade da faixa de 700 MHz para 4G tem crescido à medida que se aproxima a realização da Copa do Mundo, a partir de junho, evento que deve trazer milhares de pessoas ao país.

Atualmente, o Brasil disponibiliza para essa tecnologia a faixa de 2,5 GHz, o que dificulta o uso de 4G nos aparelhos de estrangeiros que vierem para a Copa, já que a faixa de 700 MHz é a mais usada para 4G na Europa e nos Estados Unidos.

"Nesse caso, vai redirecionar para 3G, que é uma rede universal padronizadora", disse Valente. Segundo ele, a Telefônica já tem praticamente prontas as instalações nos seis estádios da Copa para ela designados.

TIM

Valente evitou comentar notícia do final de semana de que o magnata egípcio Naguib Sawirirs está preparado para fazer uma oferta pela TIM Participações caso a Telecom Italia, controladora da empresa, decida vender a operação.

A TIM é rival da Telefônica no Brasil, mas o grupo espanhol está no grupo de controle da Telecom Italia.

O órgão antitruste brasileiro, o Cade, disse em dezembro que a espanhola Telefónica, dona da Telefônica, venda sua participação na TIM ou busque um novo parceiro para a seu negócio de telefonia móvel Vivo.

Atualiazado às 16h08min de 27/01/2014, para adicionar mais informações. 

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas abertasEmpresas espanholasEstado de São PauloFibra ópticaServiçosTelecomunicaçõesTelefônica

Mais de Tecnologia

Como o Google Maps ajudou a solucionar um crime

China avança em logística com o AR-500, helicóptero não tripulado

Apple promete investimento de US$ 1 bilhão para colocar fim à crise com Indonésia

Amazon é multada em quase R$ 1 mi por condições inseguras de trabalho nos EUA