Tecnologia

Samsung usará chips da AMD em smartphones para melhorar jogos

Sob o comando da presidente Lisa Su, o foco da AMD tem sido recuperar a participação perdida em PCs e servidores

Samsung: sul-coreana terá chips gráficos da AMD (Samsung/Divulgação)

Samsung: sul-coreana terá chips gráficos da AMD (Samsung/Divulgação)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 4 de junho de 2019 às 07h40.

A Advanced Micro Devices, mais conhecida como AMD, vai licenciar seus designs gráficos para a Samsung Electronics, permitindo o uso de sua tecnologia em smartphones e tablets da empresa coreana. Enquanto a AMD estreia em um novo mercado, a maior fabricante de smartphones do mundo consegue um diferencial para seus produtos.

O acordo, que se limita aos dispositivos móveis para os quais a AMD não forneceu chips, deve gerar centenas de milhões de dólares em receita de licenciamento para a fabricante de semicondutores dos EUA.

Já a Samsung obtém acesso aos designs de uma das duas principais fabricantes de chips gráficos usados em PCs, tecnologia que poderia elevar o desempenho de seus dispositivos.

A empresa sul-coreana poderia aproveitar a parceria com a AMD para destacar seus produtos em aplicativos com uso intensivo de gráficos, como jogos para celular.

A empresa americana é a segunda maior fabricante de gráficos usados em cartões que permitem que os computadores criem imagens mais realistas em jogos, um mercado dominado pela Nvidia. Smartphones normalmente usam gráficos da Qualcomm ou da ARM, controlada pelo Softbank Group, enquanto a Apple cria seus próprios chips.

Sob o comando da presidente Lisa Su, o foco da AMD tem sido recuperar a participação perdida em PCs e servidores, renovando seus produtos para esses mercados.

Licenciar sua tecnologia para a Samsung, cuja própria unidade de chips atende apenas uma parte das necessidades de sua divisão móvel, deve permitir à AMD uma maneira de participar do enorme mercado de componentes para smartphones sem o risco de investir diretamente no segmento.

Su tem mostrado disposição em ser flexível na monetização da tecnologia da AMD por meio de uma parceria gráfica com a rival Intel.

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