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Samsung lança novo assistente virtual em um momento paradoxal

ÀS SETE - Lançado junto com o Galaxy S8, o sistema que deveria ser utilizado para facilitar a interação entre humanos e celulares não empolgou os usuários

Samsung: para resolver o problema, a empresa mudou o chefe do Grupo de Inteligência, chamando Chung Eui-suk para ser responsável pela Bixby (Kim Hong-Ji/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 18 de outubro de 2017 às 06h14.

Última atualização em 18 de outubro de 2017 às 07h06.

A fabricante de eletrônicos Samsung deve apresentar hoje, em um evento que acontece hoje em São Francisco, na Califórnia, a versão 2.0 do seu assistente virtual Bixby. Lançado junto com o Galaxy S8 para equipar os smartphones top de linha da empresa – incluindo o S8 Plus e o Note 8 -, o sistema que deveria ser utilizado para facilitar a interação entre humanos e celulares não empolgou os usuários.

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Para resolver o problema, a empresa mudou o chefe do Grupo de Inteligência, chamando Chung Eui-suk para ser responsável pela Bixby. A Samsung atravessa um momento um tanto paradoxal. Ao mesmo tempo que enfrenta um turbilhão de problemas que impactariam enormemente qualquer grande empresa, apresenta recordes de faturamento e lucro trimestre após trimestre.

O inferno astral da companhia começou quando o Galaxy Note 7, seu smartphone mais caro à época, começou a explodir em 2016. Depois de várias explicações e de inclusive remodelar o aparelho, que continuou com o mesmo problema, a Samsung o tirou de linha.

O impacto negativo em termos de marca é imensurável, mas o prejuízo reportado pela Samsung foi de três bilhões de dólares, enquanto analistas independentes estimam que ele pode chegar a 17 bilhões de dólares.

No início do ano, o herdeiro da empresa Lee Jae-yong foi preso e condenado a cinco anos acusado de pagar propina de 38 milhões de dólares a uma amiga da ex-presidente Park Geun-hye, que sofreu impeachment em março. Na semana passada, para completar a história rocambolesca, o presidente da empresa, Kwon Oh-hyun, anunciou que não renovará seu contrato, que chega ao fim em março de 2018.

Ele disse que “dado que estamos diante de uma crise interna e externa sem precedentes, acho que chegou a hora de a empresa começar de novo, com um novo espírito e uma liderança jovem”.

Por outro lado, os ganhos nunca foram tão grandes. No último trimestre, o lucro foi de cerca de 31 bilhões de reais, o maior da história, enquanto a previsão é que neste cheguem a 40 bilhões – 179% maior do que no mesmo trimestre de 2016, que foi impactado pelo desastroso Note 7.

O resultado positivo tem mais a ver com a venda de chips de memória ram e de armazenamento para computadores, celulares e PCs, que cresceram muito no último ano, mas os pedidos pelo Note 8 também são um recorde histórico para a empresa.

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