Rival do Uber chega ao Brasil em maio com preço competitivo
Empresa vai permitir que até táxis se cadastrem no seu serviço de transporte urbano
Lucas Agrela
Publicado em 26 de abril de 2016 às 13h08.
São Paulo – Se você já conhece o Uber provavelmente sabe que essa não é a única empresa de tecnologia que oferece transporte individual para cidades. Uma das rivais é a Cabify, uma companhia espanhola que desembarca no Brasil em maio, começando pela cidade de São Paulo , e promete oferecer um serviço de qualidade com preços competitivos, tanto em relação ao Uber, quanto aos táxis.
O valor de cada corrida será calculado com base na distância que será percorrida. O preço exato é informado ao cliente pelo aplicativo do Cabify. O tempo do percurso não é relevante na cobrança, somente a distância. O Uber, assim como os táxis, cria seus preços com base nesses dois quesitos, além da tarifa-base.
Duas categorias do serviço de transporte chegarão ao Brasil neste ano: O Cabify Light e o Cabify Executivo. A primeira concorre com o UberX, já a segunda, com o Uber Black – o que significa que os preços são mais baratos no Light e mais caros no Executivo.
Motoristas de táxis pretos, a mais nova categoria aprovada pela Prefeitura de São Paulo, também poderão fazer parte do Cabify, junto com pessoas que dirigem profissionalmente sem alvará.
A companhia assegura que toma medidas rigorosas na seleção de motoristas e que exige um alto nível de qualidade dos veículos cadastrados, levando em conta itens como seguro que tenha cobertura para o passageiro, ar-condicionado e histórico de acidentes do veículo.
Como a empresa ainda está em fase final de análise de mercado, ao mesmo tempo que aguarda regulações da Prefeitura de São Paulo, o preço por quilômetro percorrido ainda não está definido, assim como não está certo se o Cabify terá ou não uma tarifa básica.
A Cabify trabalha da mesma maneira que a Uber no que se refere aos motoristas. Eles não são funcionários, a empresa os vê como parceiros. A divisão da receita das viagens realizadas na cidade de São Paulo ainda não está definida. Em outros mercados, a empresa cobra de 15% a 25% do valor de cada corrida com o condutor.
EXAME.com conversou com Daniel Velazco Bedoya, chefe de operações da Cabify no Brasil. Confira os melhores trechos da entrevista a seguir.
Em quantas cidades a Cabify opera hoje?
Ao redor do mundo, 14, em cinco países. O plano agora é dobrar o número de cidades. Nos próximos meses devemos chegar a mais países também. Temos 300 funcionários no mundo inteiro e abriremos em breve um escritório em São Paulo e vamos contratar mais pessoal.
Então, o Brasil tem potencial para ser o seu maior mercado. Esse é o plano?
Com certeza. O potencial do mercado brasileiro é enorme. Nossa proposta é trazer uma alternativa de transporte muito melhor para o lado do passageiro e do motorista, e consolidar o mercado rápido.
Os motoristas são parceiros, não funcionários?
Sim, eles são nossos parceiros.
Empresas como a Uber oferecem preços competitivos no transporte individual urbano. Mas isso acontece por conta de dinheiro de rodadas de investimento e, em algum momento, isso deve acabar. O quanto você diria que a Cabify está longe de um break even?
O break even está longe, uma vez que estamos em plena estratégia de expansão. O burn de capital é muito grande, ainda mais em operações jovens. Mas calculamos todos os nossos investimentos e até potenciais subsídios que possam ocorrer – inclusive, no Brasil não sabemos se teremos isso ou não – de maneira consciente, avaliando como ficaria a situação sem o subsídio. Não adianta oferecer preço baixo por um tempo, retirar o subsídio e derrubar o nível de satisfação do nosso parceiro (o motorista). Qualquer aumento de subsídio ou de campanhas é muito bem pensado, utilizamos isso como último recurso. Não é nosso foco para o crescimento e isso explica porque não crescemos tão rápido em todos os mercados. O subsídio é uma faca de dois gumes e é preciso ter cuidado com ele.
São Paulo – Se você já conhece o Uber provavelmente sabe que essa não é a única empresa de tecnologia que oferece transporte individual para cidades. Uma das rivais é a Cabify, uma companhia espanhola que desembarca no Brasil em maio, começando pela cidade de São Paulo , e promete oferecer um serviço de qualidade com preços competitivos, tanto em relação ao Uber, quanto aos táxis.
O valor de cada corrida será calculado com base na distância que será percorrida. O preço exato é informado ao cliente pelo aplicativo do Cabify. O tempo do percurso não é relevante na cobrança, somente a distância. O Uber, assim como os táxis, cria seus preços com base nesses dois quesitos, além da tarifa-base.
Duas categorias do serviço de transporte chegarão ao Brasil neste ano: O Cabify Light e o Cabify Executivo. A primeira concorre com o UberX, já a segunda, com o Uber Black – o que significa que os preços são mais baratos no Light e mais caros no Executivo.
Motoristas de táxis pretos, a mais nova categoria aprovada pela Prefeitura de São Paulo, também poderão fazer parte do Cabify, junto com pessoas que dirigem profissionalmente sem alvará.
A companhia assegura que toma medidas rigorosas na seleção de motoristas e que exige um alto nível de qualidade dos veículos cadastrados, levando em conta itens como seguro que tenha cobertura para o passageiro, ar-condicionado e histórico de acidentes do veículo.
Como a empresa ainda está em fase final de análise de mercado, ao mesmo tempo que aguarda regulações da Prefeitura de São Paulo, o preço por quilômetro percorrido ainda não está definido, assim como não está certo se o Cabify terá ou não uma tarifa básica.
A Cabify trabalha da mesma maneira que a Uber no que se refere aos motoristas. Eles não são funcionários, a empresa os vê como parceiros. A divisão da receita das viagens realizadas na cidade de São Paulo ainda não está definida. Em outros mercados, a empresa cobra de 15% a 25% do valor de cada corrida com o condutor.
EXAME.com conversou com Daniel Velazco Bedoya, chefe de operações da Cabify no Brasil. Confira os melhores trechos da entrevista a seguir.
Em quantas cidades a Cabify opera hoje?
Ao redor do mundo, 14, em cinco países. O plano agora é dobrar o número de cidades. Nos próximos meses devemos chegar a mais países também. Temos 300 funcionários no mundo inteiro e abriremos em breve um escritório em São Paulo e vamos contratar mais pessoal.
Então, o Brasil tem potencial para ser o seu maior mercado. Esse é o plano?
Com certeza. O potencial do mercado brasileiro é enorme. Nossa proposta é trazer uma alternativa de transporte muito melhor para o lado do passageiro e do motorista, e consolidar o mercado rápido.
Os motoristas são parceiros, não funcionários?
Sim, eles são nossos parceiros.
Empresas como a Uber oferecem preços competitivos no transporte individual urbano. Mas isso acontece por conta de dinheiro de rodadas de investimento e, em algum momento, isso deve acabar. O quanto você diria que a Cabify está longe de um break even?
O break even está longe, uma vez que estamos em plena estratégia de expansão. O burn de capital é muito grande, ainda mais em operações jovens. Mas calculamos todos os nossos investimentos e até potenciais subsídios que possam ocorrer – inclusive, no Brasil não sabemos se teremos isso ou não – de maneira consciente, avaliando como ficaria a situação sem o subsídio. Não adianta oferecer preço baixo por um tempo, retirar o subsídio e derrubar o nível de satisfação do nosso parceiro (o motorista). Qualquer aumento de subsídio ou de campanhas é muito bem pensado, utilizamos isso como último recurso. Não é nosso foco para o crescimento e isso explica porque não crescemos tão rápido em todos os mercados. O subsídio é uma faca de dois gumes e é preciso ter cuidado com ele.