Qualcomm luta para receber royalties na China
Qualcomm vem enfrentando problemas legais e regulamentares no país, incluindo uma investigação em curso pelo regulador antitruste
Da Redação
Publicado em 24 de julho de 2014 às 06h30.
A fabricante de chips Qualcomm divulgou nesta quarta-feira uma previsão de receita para o trimestre que será encerrado em setembro abaixo das expectativas de Wall Street, e disse estar tendo problemas para receber royalties na China.
Uma nova rede 4G de alta velocidade na China está impulsionando a demanda por smartphones com tecnologia de ponta, mas a Qualcomm também vem enfrentando problemas legais e regulamentares no país, incluindo uma investigação em curso pelo regulador antitruste.
Agora a Qualcomm está lutando para cobrar receitas de licenciamento de alguns fabricantes de aparelhos na China.
"Houve algum impacto sobre (os números do) trimestre que acabamos de divulgar e esperamos que o impacto seja maior no próximo trimestre e, potencialmente, por alguns trimestres, até que possamos ter essas coisas resolvidas", disse o presidente da Qualcomm, Derek Aberle, em uma entrevista.
Enquanto a maior parte da receita da Qualcomm vem da venda de chips que permitem que telefones se comuniquem com as redes das operadoras, a maioria de seu lucro vem do licenciamento de patentes para a sua ampla tecnologia CDMA.
A empresa divulgou nesta quarta-feira uma receita trimestral de 6,81 bilhões de dólares, 9 por cento maior na comparação anual.
A fabricante de chips também disse que a receita no quarto trimestre fiscal, que será encerrado em setembro, deverá ficar entre 6,5 bilhões e 7,4 bilhões de dólares, com ponto intermediário de 6,95 bilhões.
Analistas esperavam, em média, uma receita no terceiro trimestre fiscal de 6,52 bilhões de dólares, e de 7,15 bilhões de dólares no quarto trimestre, de acordo com a Thomson Reuters I/B/E/S.
O lucro líquido da Qualcomm no período foi de 2,24 bilhões de dólares, alta de 42 por cento. Desconsiderando certos itens, o lucro por ação foi de 1,44 dólar, bem acima do ponto médio da sua previsão de entre 1,15 e 1,25 dólar.
(Por Noel Randewich)