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Por trás do pum de Everaldo: uma entrevista com o autor do viral que fez o candidato admitir que soltou um pum no JN

Falamos com o criador do viral que mostra o candidato do PSC soltando um escandaloso 'pum' no Jornal Nacional

Pastor (Reprodução/TV Globo)

Pastor (Reprodução/TV Globo)

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Da Redação

Publicado em 27 de agosto de 2014 às 16h25.

Uma montagem em que o candidato do PSC à presidência Pastor Everaldo aparece na bancada do Jornal Nacional soltando um escandaloso "pum" se espalhou pela web. Com 3 milhões de visualizações, o vídeo fez tanto sucesso que o candidato não esperou que a história fedesse para seu lado. Para um jornalista com faro apurado do Terra Magazine, o pastor deu um testemunho revelador (ainda que em tom de brincadeira): ele havia soltado um pum na bancada do JN. Everaldo, no entanto, assegura que a flatulência foi silenciosa e sem cheiro. O episódio já garantiu um dos momentos mais bizarros desta disputa presidencial e mostra como a internet está participando ativamente da discussão política, ainda que de forma surreal e escrachada.

INFO decidiu ir mais fundo nessa história. O que leva uma pessoa a criar um peido falso para um candidato? Seria por pura zoeira? O autor do vídeo responde:

O criador da montagem, que prefere se manter anônimo, não tem ligação com partidos políticos, e diz que fez o vídeo como um "exercício envolvendo humor e política no YouTube". Ele se inspirou em outro viral, só que americano: o Hillary Clinton Farts, de 2008, que mostra uma cena muito parecida. Na montagem, a então candidata Hillary participa de um debate, quando solta um "pum" inesperado, para constrangimento dos outros participantes. O vídeo foi criado pelo youtuber Michael Stevens, que na época fazia sátiras políticas em vídeo.

"Muita gente pode pensar que o vídeo é um deboche descarado do candidato Everaldo. Mas a edição é um exercício de criação de conteúdo envolvendo humor e política no YouTube", diz o criador. "Poderia ter sido com qualquer candidato, mas a entrevista que gerou as melhores expressões e os melhores gestos para encaixar a brincadeira foi essa."

Um dia depois de ser colocado no ar, o vídeo já tinha mais de 5 mil visualizações. "A audiência começou a duplicar de tamanho a cada hora", diz. "No outro dia já tinha gente que copiou o vídeo e multiplicou a audiência."

O autor da sátira só não esperava que as pessoas se confundissem, pensando que a cena tivesse ocorrido de verdade. "Foi uma surpresa! Porque a montagem foi feita de uma forma bem explícita", diz. "Quem viu a entrevista ao vivo sabe que isso não aconteceu. A graça da internet é que as piadas continuam nos comentários, então achei muito legal de perceber que muita gente estava rindo à beça com a piada. A parte ruim é que alguns comentários partem pra ofensa, pra violência e acho que isso não ajuda no debate. A gente precisa saber diferenciar a piada da ofensa gratuita."

Com o sucesso e impacto do vídeo do "pum", seu criador pretende continuar com seu canal de sátiras políticas. "Sei que criar vídeos virais não significa necessariamente ter um canal de sucesso. Mas se vídeos novos puderem provocar mais risos, vamos em frente", diz. “Estou conversando sobre algumas ideias com amigos e com certeza vai ter novidade.” Ele lembra que o canal é aberto e que quem quiser participar, “é só falar” – só é preciso tomar cuidado para não feder também.

//www.youtube.com/embed/v1081liGDw4

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