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Pokémon Go é inspirado em pegadinha de primeiro de abril

Como uma zueirinha inocente do Google inspirou o jogo de celular mais viciante de todos os tempos

Pokémon Go: como uma zueirinha inocente do Google inspirou o jogo de celular mais viciante de todos os tempos (Akio Kon/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de julho de 2016 às 17h07.

Sair para caçar pokémons é um sonho antigo de toda uma geração. Com o Pokémon Go, esse sonho virou realidade (ou melhor, jogo ): lançado na semana passada, o joguinho para smartphones usa o GPS para "localizar" pokémons nas ruas, em estabelecimentos e nos parques das cidades.

Se capturar os bichinhos parece bom demais para ser verdade, saiba que o jogo já foi uma das maiores pegadinhas de primeiro de abril, lançadas por ninguém menos que o gigante Google.

Em 31 de março 2014, o Google Maps lançou o Pokémon Challenge, um aplicativo para iPhone a Android que juntava a localização em GPS do Google Maps com um jogo de captura dos monstrinhos, que é exatamente como o Pokémon Go funciona.

No final do dia seguinte, o Google admitiu a pegadinha e tirou o aplicativo de circulação - apenas alguns sortudos que haviam capturado mais de 5 pokémons puderam jogar o Challenge por mais uma semana. A brincadeira acabou, rimos muito e choramos ao perceber que não era real.

Mas, dois anos depois, coisa ficou séria - e o responsável foi um cara chamado John Hanke, que criou a base de funcionamento do Google Earth, em 2004. Hanke começou a se especializar cada vez mais em mapeamento e em localização, e, em 2010, criou a Niantic, uma empresa de desenvolvimento de software focada em jogos de realidade aumentada que usam os smartphones como plataforma.

A primeira experiência da Niantic foi um jogo chamado Ingress, que tinha a mesma premissa que o Pokémon Go: os jogadores usavam seus celulares para encontrar portais espalhados pela cidade - nas ruas, em prédios públicos e em monumentos. O jogo transformava 200 peíses em potenciais cenários de jogo, e foi baixado por 14 milhões de pessoas.

Quando Hanke viu a pegadinha do Google, em 2014, achou que poderia tranformá-la em realidade. Ele conversou com Satoru Iwata, o finado presidente da Nintendo, e o cara pirou na ideia - afinal, a companhia sempre se esforçou para criar jogos que fizessem as pessoas saírem de casa e se exercitarem, como o Nintendo Wii e algumas versões mais antigas dos jogos de Pokémon.

Com a ajuda do Google Maps e da Nintendo, a Niantic conseguiu o apoio que precisava para desenvolver o pokémon Go que a gente tanto ama.

Por enquanto, o jogo só está disponível nos Estados Unidos, na Nova Zelandia e na Austrália, e deve ser lançado na Europa essa semana. Ainda não é previsão de quando os bichinhos vão poder ser capturados por aqui, embora a Nintendo diga que o aplicativo estará disponível ~em breve~ na América Latina. Esperemos.

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Sair para caçar pokémons é um sonho antigo de toda uma geração. Com o Pokémon Go, esse sonho virou realidade (ou melhor, jogo ): lançado na semana passada, o joguinho para smartphones usa o GPS para "localizar" pokémons nas ruas, em estabelecimentos e nos parques das cidades.

Se capturar os bichinhos parece bom demais para ser verdade, saiba que o jogo já foi uma das maiores pegadinhas de primeiro de abril, lançadas por ninguém menos que o gigante Google.

Em 31 de março 2014, o Google Maps lançou o Pokémon Challenge, um aplicativo para iPhone a Android que juntava a localização em GPS do Google Maps com um jogo de captura dos monstrinhos, que é exatamente como o Pokémon Go funciona.

No final do dia seguinte, o Google admitiu a pegadinha e tirou o aplicativo de circulação - apenas alguns sortudos que haviam capturado mais de 5 pokémons puderam jogar o Challenge por mais uma semana. A brincadeira acabou, rimos muito e choramos ao perceber que não era real.

Mas, dois anos depois, coisa ficou séria - e o responsável foi um cara chamado John Hanke, que criou a base de funcionamento do Google Earth, em 2004. Hanke começou a se especializar cada vez mais em mapeamento e em localização, e, em 2010, criou a Niantic, uma empresa de desenvolvimento de software focada em jogos de realidade aumentada que usam os smartphones como plataforma.

A primeira experiência da Niantic foi um jogo chamado Ingress, que tinha a mesma premissa que o Pokémon Go: os jogadores usavam seus celulares para encontrar portais espalhados pela cidade - nas ruas, em prédios públicos e em monumentos. O jogo transformava 200 peíses em potenciais cenários de jogo, e foi baixado por 14 milhões de pessoas.

Quando Hanke viu a pegadinha do Google, em 2014, achou que poderia tranformá-la em realidade. Ele conversou com Satoru Iwata, o finado presidente da Nintendo, e o cara pirou na ideia - afinal, a companhia sempre se esforçou para criar jogos que fizessem as pessoas saírem de casa e se exercitarem, como o Nintendo Wii e algumas versões mais antigas dos jogos de Pokémon.

Com a ajuda do Google Maps e da Nintendo, a Niantic conseguiu o apoio que precisava para desenvolver o pokémon Go que a gente tanto ama.

Por enquanto, o jogo só está disponível nos Estados Unidos, na Nova Zelandia e na Austrália, e deve ser lançado na Europa essa semana. Ainda não é previsão de quando os bichinhos vão poder ser capturados por aqui, embora a Nintendo diga que o aplicativo estará disponível ~em breve~ na América Latina. Esperemos.

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