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Operadora que leva internet onde cabos não chegam vai ainda mais longe

HughesNet chegará a mais cidades com serviço de banda larga via satélite

Banda larga: conexão via satélite leva internet para locais sem rede cabeada (Hughes/Divulgação)

Banda larga: conexão via satélite leva internet para locais sem rede cabeada (Hughes/Divulgação)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 18 de abril de 2018 às 10h03.

São Paulo – As operadoras mais famosas, como Claro, Vivo e TIM, usam cabos para levar a internet até a sua casa, se você mora em um grande centro urbano ou em uma cidade com infraestrutura minimamente boa. Esse não é o caso da Hughes, que oferece um serviço de internet via satélite para chegar a regiões onde os cabos não chegam ou oferecem conexões banda larga de baixa velocidade.

O serviço mais básico da empresa americana, que atua nesse segmento no país desde 2016, oferece velocidade de internet de 10 Mbps. De acordo com o ranking de março de velocidade de internet no Brasil elaborado pela Netflix, a Live TIM é a operadora que tem maior média de velocidade, com 3,16 Mbps, seguida pela Net Virtua, com 3,06 Mbps.

Neste ano, quando a Hughes completa 50 anos de presença no país, com histórico de negócios com empresas e governo, a companhia vai usar mais um satélite para oferecer internet no país. A partir de outubro, o serviço da operadora será oferecido a novas áreas, como a região oeste de Estados como São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais e Bahia, assim como o entorno de Manaus, o Amapá e Rondônia.

A operadora tem cerca de 90 mil clientes atualmente e tem um modelo de negócios parecido com o de operadoras de celular. Os clientes têm um limite de uso de internet, uma franquia, medida em gigabytes de download. Quando ela termina, sua velocidade é reduzida. Porém, como na época da internet discada, a franquia é maior para períodos em que a rede está menos onerada, ou seja, da meia-noite às 7 da manhã. O plano mais simples, de 230 reais ao mês, é de 10 gigabytes para download, mais o bônus fora de horário de pico. Quem quiser, pode contratar velocidade de internet de até 30 Mbps.

A empresa tem planos de colocar um novo satélite no ar em 2021. Sua função será reforçar o serviço nas áreas em que a empresa já atua com seu serviço de banda larga. Algumas regiões, porém, ficarão descobertas, por conta da baixa densidade populacional, como Floresta Amazônica.

Rafael Guimarães, presidente da Hughes, disse a EXAME que a maioria dos clientes é composta por consumidores residenciais, mas algumas empresas também contratam o serviço. Esse é o caso da Pousada Chuá-Chuá, que fica na zona rural de Urubici, em Santa Catarina. Com o serviço, a empresa passou a oferecer reservas online e conseguiu aumentar o número de vendas em 80%.

Antes de atuar em banda larga via satélite para o mercado de consumo, a Hughes vendeu satélites para a Telebras, depois, migrou para o negócio de estações terrenas de satélites, cujos clientes principais eram bancos. "A empresa não é uma aventureira, temos 50 anos de presença aqui, com história de adaptação e evolução", diz Guimarães.

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