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Oi revela investimentos e metas de geração de caixa

Empresa pretende gastar na entrada do 4G e ampliação do serviço 3G

O anúncio das previsões da Oi, aguardado pelo mercado após a simplificação de sua estrutura, incluiu o aval do conselho para remuneração a acionistas no total de R$ 8 bilhões (Pedro Zambarda/EXAME.com)

O anúncio das previsões da Oi, aguardado pelo mercado após a simplificação de sua estrutura, incluiu o aval do conselho para remuneração a acionistas no total de R$ 8 bilhões (Pedro Zambarda/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 17 de abril de 2012 às 19h51.

Rio de Janeiro - A Oi investirá 24 bilhões de reais até 2015, incluindo gastos com a entrada na telefonia móvel de quarta geração, ampliação da rede 3G, avanço no segmento corporativo e expansão de produtos convergentes.

Essa estratégia faz parte da intenção da companhia de buscar rentabilidade e participação de mercado em diversos segmentos nos próximos anos, após a empresa ter amargado uma deterioração nos resultados operacionais de 2011.

O anúncio das previsões da Oi, muito aguardado pelo mercado após a simplificação de sua estrutura acionária, aprovada por acionistas no fim de fevereiro, incluiu o aval do conselho de administração para remuneração a acionistas no total de 8 bilhões de reais de 2012 a 2015.

"Entendemos que esse é um plano que a companhia quer fazer e atende às exigências dos acionistas. Ele rentabiliza o ativo, tem política de dividendos, e ao final do plano a companhia está melhor sob todas as óticas", afirmou o presidente da operadora, Francisco Valim.

A ação preferencial da companhia fechou o dia com alta de 1,7 por cento, a 8,95 reais. O Ibovespa avançou 1,2 por cento.

Na busca por melhorias, a empresa trabalha para dobrar seu backbone de fibra ótica, e ampliar a rede de cobertura 3G para o mesmo patamar das concorrentes até dezembro, afirmou Valim.

Os investimentos devem somar 6 bilhões de reais anualmente até 2015, após quase 5 bilhões de reais em 2011. O plano de investimento inclui os gastos de rede que a operadora terá com 4G, com exceção da licença do leilão de frequência que está previsto para junho.

"Identificamos que nesse plano conseguiremos cobrir dispêndios de cobertura do 4G, sem que saibamos a licença por enquanto", afirmou a jornalistas no Oi Investors Day.

Segundo Valim, contudo, o 3G ainda é "prioridade", e a operadora quer alcançar a cobertura de suas concorrentes para brigar por mais participação de mercado no segmento agora chamado pela empresa de mobilidade pessoal.

"Devemos equivaler a cobertura 3G de nossos concorrentes ao final deste ano", disse o executivo da Oi, maior operadora brasileira de telefonia fixa e quarta colocada no ranking de telefonia móvel, com 18,53 por cento de market share, bem atrás de suas concorrentes Vivo, Claro e TIM.

Mas a companhia, que dividiu seus negócios em três áreas (mobilidade pessoal, residencial e corporativo), também aposta no potencial desses últimos dois segmentos nos próximos anos, especialmente pela oferta de produtos convergentes, diversificando as operações para além de serviços de telefonia.


Analistas consideram que a empresa precisa ampliar sua rede, ganhar participação de mercado móvel e rentabilizar sua base de telefonia fixa.

Dívida

A Oi espera ter uma alavancagem maior nos próximos anos, à medida que necessitará de recursos para bancar seus investimentos, projetando uma relação entre dívida líquida e Ebtida de 2,8 vezes neste ano, ante 1,9 vez em 2011. Em 2015, o indicador deve ceder para 2,2 vezes.

A dívida líquida deve ficar em 24,9 bilhões de reais em 2012 e em 28,4 bilhões de reais três anos depois, bem superior aos 16,3 bilhões de reais de 2011.

Segundo ele, não há intenção de emitir nova dívida no curto prazo, mas a empresa está atenta a oportunidades de mercado.

Ebitda maior

No documento revelado nesta terça-feira, a operadora prevê um crescimento de cerca de 45 por cento na geração de caixa até 2015, forte crescimento da receita líquida, e recuperação da margem Ebitda -sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação- para 33,2 por cento.

No quarto trimestre de 2011, a Oi teve margem Ebitda de 26,4 por cento, prejudicada pela forte concorrência no setor.

Para 2012, o Ebitda deve ficar estável em 8,8 bilhões de reais, resultado melhor do que a queda de 15 por cento de 2011 sobre o ano anterior.

Já a receita líquida é estimada em 28,9 bilhões de reais em 2012, cerca de 1 bilhão de reais superior à do ano passado. Para 2015, a projeção é de 38,6 bilhões de reais.

As estimativas da empresa foram baseadas em ambiente com crescimento de receita do mercado móvel de 10 por cento ao ano; do mercado residencial de 5 por cento ao ano; e, no corporativo, de 7 por cento ao ano.

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