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O fim do iPad "made in Brazil"

Divisão de tablets da fábrica da Foxconn em Jundiaí foi fechada e produto passará a ser importado para o país

Novo iPad: o gadget tem tela de retina de 9,7 polegadas (Apple/Divulgação)

Lucas Agrela

Publicado em 28 de abril de 2017 às 10h18.

Última atualização em 28 de abril de 2017 às 17h16.

São Paulo – Após anos de produção no Brasil, o iPad não será mais fabricado pela Foxconn , em Jundiaí, no interior paulista. A informação foi divulgada pelo jornal Gazeta do Povo e confirmada com fontes ouvidas por EXAME.com.

A divisão do iPad foi encerrada no começo deste mês, culminando na demissão de diversos funcionários, incluindo pessoal da linha de montagem, recursos humanos e chefia. O número de pessoas demitidas com a medida é cerca de 70.

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O tablet continua a ser vendido no Brasil, mas as unidades são importadas da China.

O iPad foi pensado para ser um produto intermediário entre o notebook e o smartphone. Apresentado em 2010, ele começou a perder prestígio em meio à linha de produtos da Apple.

Neste ano, pela primeira vez, a empresa não fez um evento de apresentação dedicado ao tablet, que normalmente eram oportunidade para seus executivos fazerem análises elogiosas e anunciar números surpreendentes sobre o aparelho.

A nova versão do iPad simplesmente foi colocada à venda no site oficial da Apple neste ano, tanto nos Estados Unidos como no Brasil, com redução de preço – uma tática para aumentar as vendas, que tiveram queda global de mais de 3 milhões de unidades no primeiro trimestre de 2017.

A representatividade dos tablets, em geral, no acesso a websites brasileiros importantes diminuiu ao longo dos últimos anos, enquanto acessos via smartphones (que têm telas cada vez maiores e melhores) cresceram.

Escolas de elite brasileiras, como o Colégio Bandeirantes, na zona sul de São Paulo, utilizam o iPad como principal eletrônico nas salas de aula, dada sua praticidade para armazenar livros e apostilas, eliminando a necessidade do transporte de mochilas pesadas no dia a dia. Ou seja, com o aumento da relevância dos smartphones, o iPad se posiciona como produto de nicho – sendo até mesmo um concorrente dos Chromebooks, também populares no setor de educação em âmbito global.

Em nota, a Foxconn informou que "preserva qualquer informação relacionada aos seus clientes, sendo assim não nos pronunciaremos sobre o assunto".

EXAME.com também procurou a Apple para comentar o fim da divisão do iPad em Jundiaí, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria. Atualizaremos o texto caso ela se manifeste para incluir o lado da empresa nessa história.

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