Tecnologia

Traição leva supostos hackers do LulzSec à prisão

Sabu, o misterioso líder do grupo hacker LulzSec, entregou os companheiros, diz o FBI

O LulzSec ficou conhecido por ter feito uma série de ataques audaciosos a grandes empresas e governos, incluindo o brasileiro (LulzSec / Reprodução)

O LulzSec ficou conhecido por ter feito uma série de ataques audaciosos a grandes empresas e governos, incluindo o brasileiro (LulzSec / Reprodução)

Maurício Grego

Maurício Grego

Publicado em 6 de março de 2012 às 19h11.

São Paulo — Uma série de ações policiais em vários países levaram à prisão seis suspeitos de pertencer ao grupo hacker LulzSec, que realizou uma série de ataques audaciosos no ano passado. De acordo com um comunicado do FBI, a prisão foi feita com base em informações fornecidas por Hector Xavier Monsegur, o Sabu, tido como o líder do grupo.

O LulzSec surpreendeu o mundo, no primeiro semestre de 2011, com seus ataques ousados. Durante sete semanas, o grupo invadiu servidores da CIA, do senado americano, de empresas que prestam serviços ao FBI e de corporações como a Sony. Pelo que se sabe, funcionava associado ao Anonymous, a “federação” de hackers que permanece ativa até hoje. O LulzSec encerrou as atividades em junho e permaneceu em silêncio desde então. Parecia ter desaparecido sem deixar pegadas. 

Mas o FBI, ao que parece, o encontrou. Entre os suspeitos presos, cinco são acusados de pertencer ao LulzSec. O FBI acusa o sexto jovem preso de ser membro do grupo paralelo AntiSec. Segundo o noticiário Foxnews, o líder Sabu foi descoberto e preso secretamente em junho, logo após o LulzSec ter parado os ataques.

Na prisão, Sabu teria negociado uma redução da pena em troca de colaborar com a polícia. O FBI informa que Sabu assinou sua confissão em 15 de agosto, declarando-se culpado das acusações. Mesmo tendo colaborado com os policiais, o líder do grupo ainda pode ser condenado a uma sentença máxima de 124 anos de prisão. Outros três supostos hackers presos nos Estados Unidos podem ser condenados a até 10 anos na cadeia.

Outras três prisões foram feitas na Inglaterra, nas ilhas Shetland (também pertencentes ao Reino Unido) e na Irlanda. Os suspeitos presos nesses lugares também podem ser condenados à pena máxima de 10 anos de prisão. Entre eles está Jake Davis, conhecido como Topiary, que já havia sido preso em julho pela polícia britânica.

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