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"Netflix de jogos", GameFly pode substituir seu videogame

TV da Samsung pode rodar jogos mesmo não tendo hardware potente. Processamento acontece na nuvem

GameFly: jogos são processados na nuvem (Divulgação/Samsung)

Lucas Agrela

Publicado em 9 de novembro de 2015 às 08h32.

São Paulo – Jogar videogames sempre foi uma atividade relacionada ao conjunto console e TV . A Samsung tenta mudar esse paradigma vendendo uma televisão que já vem com um sistema de games. Mas não é aquele tipo de televisão que vem com joguinhos simples, como várias fabricantes já fizeram no passado. Trata-se de uma plataforma de jogos de grandes estúdios que são executados na nuvem e o sinal de vídeo é enviado de volta para o televisor.

Chamada GameFly, essa plataforma funciona como um Netflix de games. Mediante assinatura mensal, o usuário pode jogar títulos como PES 2015, Batman Arkham Origins, Pac-Man Edition DX+, diversos games da Lego , entre outros.

Antes de escolher quais você vai contratar por um mês, dá para jogar cada game por 10 minutos. Isso ajuda a conhecer a trama inicial e evitar surpresas negativas com a jogabilidade.

Utilizando uma rede de 10 Mbps conectada via cabo à TV, a experiência de jogo foi boa. Mas a rede tem que ser dedicada ao streaming. No INFOlab, tivemos problemas com imagem e som quando começamos a fazer downloads de aplicativos em um smartphone Android , por exemplo. O interessante é que, se a rede ficar muito fraca para a transmissão, o GameFly para e informa o usuário sobre a sobrecarga na internet do local.

De acordo com a Samsung, a velocidade mínima para a reprodução de jogos com resolução de 480p é de 4 Mbps, enquanto para HD é preciso ter, ao menos, 8 Mbps.

A dúvida principal que fica é: o jogo vai apresentar um intervalo incômodo entre o pressionar do botão e movimento que aparece na tela (o chamado lag)? A resposta é: depende do jogo. Em games em que a velocidade de resposta é essencial, como títulos de luta, sim. Foi preciso passar por um período de adaptação para jogar razoavelmente bem Blazblue Calamity Trigger.

TV Samsung: aparelho vem com acesso à plataforma GameFly (Lucas Agrela/EXAME.com)

Títulos como Batman , Shank e Ethan também se saíram bem, já que são jogos que não necessitam de total precisão nos comandos.

Isso vale para jogadores casuais, quem é fã convicto de games de luta, ao ponto de comprar monitores com maior taxa de atualização de imagem, provavelmente vai julgar a experiência pobre. A execução local ainda é o melhor para esses jogadores.

Mas o público casual é mesmo o alvo da plataforma da GameFly, segundo a Samsung. A ideia é que o consumidor que não é fanático tenha alguns jogos para desestressar no fim do dia ou para se divertir com os amigos – sem precisar gastar mais de 100 reais por jogo.

Ainda assim, o GameFly não é executado sem alguns problemas. A imagem que conseguimos com os 10 Mbps de internet foi pouco mais do que a HD e a taxa de quadros por segundo não se manteve a 60 o tempo todo. A oscilação da internet fez o som sofrer ainda mais do que a imagem. Em certos momentos, ele ficou picotado, como em uma ligação com sinal ruim. Quem gosta de trilhas sonoras vai ficar decepcionado se a banda não for maior do que a usada nos testes do INFOlab.

TV Samsung: aparelho tem sistema operacional Tizen (Lucas Agrela/EXAME.com)

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Utilizando uma rede de 10 Mbps conectada via cabo à TV, a experiência de jogo foi boa. Mas a rede tem que ser dedicada ao streaming. No INFOlab, tivemos problemas com imagem e som quando começamos a fazer downloads de aplicativos em um smartphone Android , por exemplo. O interessante é que, se a rede ficar muito fraca para a transmissão, o GameFly para e informa o usuário sobre a sobrecarga na internet do local.

De acordo com a Samsung, a velocidade mínima para a reprodução de jogos com resolução de 480p é de 4 Mbps, enquanto para HD é preciso ter, ao menos, 8 Mbps.

A dúvida principal que fica é: o jogo vai apresentar um intervalo incômodo entre o pressionar do botão e movimento que aparece na tela (o chamado lag)? A resposta é: depende do jogo. Em games em que a velocidade de resposta é essencial, como títulos de luta, sim. Foi preciso passar por um período de adaptação para jogar razoavelmente bem Blazblue Calamity Trigger.

TV Samsung: aparelho vem com acesso à plataforma GameFly (Lucas Agrela/EXAME.com)

Títulos como Batman , Shank e Ethan também se saíram bem, já que são jogos que não necessitam de total precisão nos comandos.

Isso vale para jogadores casuais, quem é fã convicto de games de luta, ao ponto de comprar monitores com maior taxa de atualização de imagem, provavelmente vai julgar a experiência pobre. A execução local ainda é o melhor para esses jogadores.

Mas o público casual é mesmo o alvo da plataforma da GameFly, segundo a Samsung. A ideia é que o consumidor que não é fanático tenha alguns jogos para desestressar no fim do dia ou para se divertir com os amigos – sem precisar gastar mais de 100 reais por jogo.

Ainda assim, o GameFly não é executado sem alguns problemas. A imagem que conseguimos com os 10 Mbps de internet foi pouco mais do que a HD e a taxa de quadros por segundo não se manteve a 60 o tempo todo. A oscilação da internet fez o som sofrer ainda mais do que a imagem. Em certos momentos, ele ficou picotado, como em uma ligação com sinal ruim. Quem gosta de trilhas sonoras vai ficar decepcionado se a banda não for maior do que a usada nos testes do INFOlab.

TV Samsung: aparelho tem sistema operacional Tizen (Lucas Agrela/EXAME.com)

A plataforma da GameFly atende bem a essa premissa. Jogar títulos como PES 2015 foi viável e é prático saber que você não precisa trocar de mídia para continuar a jogar.

A comparação da GameFly com a Netflix é inevitável pelo visual do app. Entretanto, ao contrário da plataforma de vídeos, os jogos são oferecidos em assinaturas com pacotes de títulos. São três opções e mais uma que a empresa chama de À La Carte. A primeira é a All Around, que traz games de caráter casuais e também o Batman: Arkham Asylum. A segunda é a Hardcore, que traz, além de três títulos de Batman, Hitman, F.E.A.R. 3 e Mafia II. A terceira é voltada para crianças e oferece acesso aos games da linha Lego. Outros jogos são oferecidos no esquema À La Carte, como é o caso de PES 2015.

Os preços das mensalidades são os seguintes:

PlanosPreços
All Around21,90 reais
Hardcore24,90 reais
Lego24,90 reais
À La Carte5,90 a 49 reais

Mais detalhes sobre os planos estão disponíveis no site oficial do GameFly.

Vale a pena?

A GameFly está disponível somente em TVs da Samsung que rodam o sistema Tizen. O modelo mais básico dessa linha sai por 1.750 reais (um televisor LED de 32 polegadas com resolução Full HD). Se você está pensando em trocar de televisão e tem um videogame da geração passada, a plataforma vale a pena – exceto se você for um grande fã de jogos de luta. Em linhas gerais, a GameFly é voltada para jogadores de fim de semana. Quem joga todos os dias vai optar por pagar mais caro e continuar a rodar games localmente em consoles.

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