Moto G
Da Redação
Publicado em 25 de setembro de 2014 às 13h14.
O Moto G é um dos smartphones mais comentados pelos brasileiros. Não é que o aparelho seja uma máquina potente como o Moto X ou o Galaxy S5, mas o gadget oferece excelente usabilidade para tarefas diárias. Em sua segunda edição, o Moto G, que é o smartphone mais vendido da história da Motorola, ganha uma câmera melhor, a aclamada entrada para cartão microSD, tela maior e uma edição com receptor de TV digital.
A melhor notícia para os consumidores talvez seja o fato de que o preço não subiu muito. O Moto G pode ser adquirido em duas edições: com 8 GB de armazenamento interno por 700 reais, ou com 16 GB e TV digital por 800 reais. Ambas as versões do produto têm suporte para dois chips de operadoras de telefonia móvel. A edição avaliada pelo INFOlab neste review é a de maior preço.
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Evidentemente, a tela do Moto G cresceu: ela passou de 4,5 para 5 polegadas, mas a resolução continua HD (720p). A fidelidade de cores é relativamente boa, em especial para ver vídeos. O painel do aparelho é de LCD e é IPS (In-Plane Switching), ou seja, conta com uma disposição de pixels que oferece a melhor amplitude de visão, 178º.
O visual, bem como o formato da parte traseira do smartphone não mudou muito, o que é algo bom, pois favorece o encaixe na mão do usuário. O Moto G é uma evolução do smartphone original e a Motorola deixou isso bastante claro não alterando muito a sua aparência nessa segunda edição.
Entretanto, agora é fácil perceber que o aparelho tem duas faixas metálicas na parte frontal, uma em cima e outra embaixo. É aí que ficam os alto-falantes do gadget, que oferecem som estéreo. Na prática, a altura do som não aumentou significativamente, mas ele ficou mais balanceado quando estamos assistindo algum vídeo, por exemplo, tendo a propagação mais ampla para ambos os lados. Os botões de volume e de energia ficaram mais arredondados e possuem texturas diferentes.
O LED de notificações permanece próximo à câmera frontal e acendem quando alguém enviar mensagens no WhatsApp, Facebook, SMS, e-mails, entre outras interações. Como as lâmpadas LED tem baixo consumo energético, essa medida é uma abordagem inteligente porque evita que a tela se acenda, mesmo que seja parcialmente.
A bateria do Moto G não é removível e fica escondida por uma proteção de plástico. Remover a capa traseira continua a ser uma tarefa desafiadora. A dica é fazer uma alavanca com o polegar apoiado na parte traseira central enquanto você puxa o componente com o dedo indicador pela parte de baixo, perto do conector microUSB.
As entradas para chips e cartão microSD ficam na parte de dentro do aparelho, próximas à câmera principal. Sim, é preciso remover a capa para acessá-las.
Infelizmente, o hardware não mudou em nada. Não que o aparelho não seja capaz de dar conta de atividades diárias, mas é raro ver uma empresa que lança a segunda geração de um aparelho sem ao menos um upgrade de força de processamento. Pelo visto, a Motorola está confiante o suficiente no gadget que criou em 2013 para mexer tão pouco nas especificações do produto.
Sendo assim, valem as mesmas considerações do Moto G original nesse quesito. O smartphone tem processador Qualcomm Snapdragon 400 de 1,2 GHz, 1 GB de memória RAM, 16 GB de armazenamento interno com entrada para cartão microSD de até 64 GB, processador gráfico (GPU) Adreno 305, 3G, Bluetooth 4.0 e GPS. Nem sinal de suporte para a rede 4G, tecnologia de comunicação por proximidade (NFC) ou Wi-Fi ac.
Ainda assim, o Moto G se saiu muito bem na execução de aplicativos corriqueiros, como Facebook, Twitter, WhatsApp, Google Now, entre outros, bem como em games que não exigem processamento gráfico pesado. Segundo a Motorola, um dos segredos do Moto G é o Android essencialmente puro que oferece a experiência do sistema da forma como ela foi idealizada pelo Google.
Como não houve grandes inovações de hardware, o novo Moto G obteve resultados de benchmarks semelhantes aos do ano passado.
Quadrant (em pontos) | Barras maiores indicam melhor desempenho |
---|---|
Moto G 2ª geração | 9053 |
Moto G 4G | 8934 |
Moto G | 8696 |
AnTuTu (em pontos) | Barras maiores indicam melhor desempenho |
---|---|
Moto G 2ª geração | 18022 |
Moto G 4G | 17328 |
Moto G | 17426 |
Vellamo (em pontos) | Barras maiores indicam melhor desempenho |
---|---|
Moto G 2ª geração | 1620 |
Moto G 4G | 1571 |
Moto G | 1971 |
O sistema do Moto G é o Android 4.4.4 KitKat. A Motorola garante atualização para a próxima edição do software. As modificações do sistema são sutis, benéficas e quase não ocupam espaço na memória interna do gadget.
Há alguns aplicativos pré-instalados do Moto G. Quem já conhecia o Moto G original, não há surpresas: O Moto Assist automatiza tarefas como ativar o modo silencioso quando você chega ao seu local de trabalho; o Moto Alerta oferece rastreamento de pessoas por SMS e também um atalho para chamar um serviço de emergência; e o Migração Motorola, que permite importar dados de um smartphone antigo por meio de um QR Code.
Uma das alterações questionáveis é a launcher que exibe ícones um pouco maiores do que o normal. Se você não gostar disso, é possível solucionar o problema com o aplicativo Google Now Launcher, que oferece o visual do Android puro.
A bateria do Moto G não evoluiu. Nos testes de uso intenso realizados pelo INFOlab, o Moto G aguentou por 5h42 reproduzindo vídeos em HD, com brilho de tela no máximo, Wi-Fi e Bluetooth ativos. Vale notar que o tempo de duração de bateria piorou em relação à geração passada (6h54), mas é um pouco melhor do que a do Moto G 4G (5h35). Ainda assim, em uso moderado, o aparelho aguenta o dia todo longe da tomada. Entretanto, algumas tarefas podem drenar a carga mais rapidamente, como jogar games e ver vídeos.
O software de TV digital (1-seg) é muito semelhante ao do Moto E. É possível acessar os canais da TV aberta gratuitamente, fazer e agendar gravações de vídeos e consultar um guia de programação.
Para obter a melhor qualidade de sinal, o indicado é utilizar a chamada antena flexível, um componente maleável que se conecta a saída P2 do Moto G e oferece em sua outra ponta uma entrada para os fones de ouvido. Dessa forma, você pode ver TV sem precisar usar fone ao mesmo tempo, não limitando a experiência a uma pessoa só.
A câmera do Moto G evolui de 5 MP para 8 MP, com autofoco e flash LED. Segundo a Motorola, esse foi um dos principais pedidos dos consumidores, que reclamaram quanto à qualidade das fotografias tiradas com o aparelho. Analisando as imagens em zoom 100%, é possível notar que o registro de detalhes não é bom, o ruído é considerável, e isso pode desagradar os entusiastas da fotografia. Entretanto, para uso diário, a câmera principal do Moto G tem qualidade satisfatória e um tanto superior à do smartphone de 2013. Para fazer registros diários para publicar nas redes sociais, por exemplo, câmera do aparelho se sai bem.
O Moto G filma em HD (720p) a 30 fps e há uma câmera frontal de 2 MP.
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O Moto G é o smartphone mais vendido da história da Motorola e isso não é à toa. O aparelho oferece ótima experiência de uso com o sistema Android e não tem preço muito alto no mercado brasileiro. Essencialmente tudo que você pode fazer com um smartphone, você pode fazer com o Moto G sem precisar lidar com frequentes engasgos de processamento ou sofrer com falta de memória para guardar aplicativos fotos e músicas.
A Motorola acertou na fórmula em 2013 e no Moto G 2014 a receita ganhou apenas os ingredientes que faltavam: câmera melhor, tela maior e a entrada para microSD. De certa forma, por não ter Wi-Fi ac nem suporte ao 4G, o gadget se adequa ao cenário do mercado brasileiro, uma vez que a adoção de internet de alta velocidade ainda está em seus primeiros dias.
Sistema operacional | Android 4.4.4 (KitKat) |
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Chipset | Qualcomm Snapdragon 400 |
CPU (SoC) | ARMv7 Cortex A7 Quad Core 1.2 GHz |
GPU (SoC) | Adreno 305 |
RAM | 1 GB |
Armazenamento | 16 GB (12,9 GB livres) + microSD de até 32 GB |
Conexões | Wi-Fi n, Bluetooth 4.0, A-GPS com GLONASS |
Tela | 5'' HD |
Peso | 149 g |
Bateria | 5h52 |
Prós | Configuração intermediária, Android atualizado, preço atraente |
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Contras | Nao tem 4G, NFC nem Wi-Fi ac |
Conclusão | Smartphone com preço baixo para a média de mercado e usabilidade excelente para atividades cotidianas |
Configuração | 8.4 |
Usabilidade | 8.2 |
Diversão | 8.0 |
Bateria | 7.0 |
Design | 7.6 |
Média | 7.9 |
Preço | R$ 799 |