Tecnologia

Ministro pode adiar desligamento de sinal de TV analógica

“O prazo de 2016 [para desligamento do sinal analógico] está mantido, mas pode mudar enquanto houver número razoável de receptores analógicos funcionando nas residências”

“Sabemos que um número muito grande de pessoas já possui TVs digitais, mas talvez a metade ainda tenha aparelhos analógicos”, acrescentou (Antonio Cruz/ABr)

“Sabemos que um número muito grande de pessoas já possui TVs digitais, mas talvez a metade ainda tenha aparelhos analógicos”, acrescentou (Antonio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 20 de junho de 2012 às 13h15.

Brasília - O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, acenou hoje (20) com a possibilidade de o prazo para desligamento do sinal para televisores analógicos, previsto para 2016, ser adiado, caso parte considerável da população ainda não tenha adquirido os conversores ou aparelhos necessários ao aproveitamento do sinal digital. Ele também estimou que o padrão tecnológico da rádio digital no Brasil será definido até o fim do ano.

“O prazo de 2016 [para desligamento do sinal analógico] está mantido, mas pode mudar enquanto houver número razoável de receptores analógicos funcionando nas residências”, disse Paulo Bernardo, após participar de palestra no Congresso Brasileiro de Radiodifusão. “Sabemos que um número muito grande de pessoas já possui TVs digitais, mas talvez a metade ainda tenha aparelhos analógicos”, acrescentou.

Pouco antes de iniciar a palestra, Paulo Bernardo confirmou que, até o final do ano, o padrão tecnológico das rádios digitais deverá estar definido. A exemplo do que disse sobre a transição da TV analógica para a digital, as rádios digitais deverão transmitir nos dois sinais enquanto os ouvintes não trocarem seus aparelhos.

O ministro reiterou, ainda, as vantagens de os processos relativos à engenharia das rádios digitais serem repassados do Ministério das Comunicações para a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). “A agência tem corpo técnico mais numeroso e melhor preparado que o Ministério das Comunicações. Afinal, são cerca de oito a dez mil processos ligados a engenharia, tratando de assuntos como variação de potência e da localização de transmissores”, disse.

“Já estamos testando alguns dos grandes sistemas [de rádio digital] que existem no cenário internacional. Queremos que os aparelhos [para recepção do sinal digital] sejam fabricados no Brasil a preço popular, acessível às famílias”, completou.

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