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Microsoft diz que pedidos de vigilância dos EUA mais que dobram

A Microsoft informou que recebeu entre mil e 1.499 ordens da Fisa envolvendo conteúdo de usuários entre janeiro e junho de 2016

Microsoft: o governo dos EUA somente permite que as empresas divulguem o número de pedidos de informações sob o Fisa em bandas, em vez de dados específicos (Joe Raedle/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 13 de abril de 2017 às 18h47.

Washington - A Microsoft afirmou nesta quinta-feira que recebeu do governo dos Estados Unidos pelo menos mil pedidos de vigilância com propósitos de inteligência externa sobre conteúdo de usuários de seus serviços no primeiro semestre de 2016.

O dado, divulgado em relatório bianual de transparência da Microsoft, é mais que o dobro do que a empresa disse que recebeu sob o Ato de Vigilância de Inteligência Externa (Fisa, na sigla em inglês) nos seis meses anteriores e foi o maior já informado pela empresa desde 2011, quando começou a acompanhar o assunto.

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A escala de autoridade de espionagem concedida às agências de inteligência dos EUA sob o Fisa tem passado por renovados questionamentos na últimas semanas, disparados em parte pelas acusações do presidente Donald Trump e outros republicanos de que Barack Obama espionou ele e seus associados.

A Microsoft informou que recebeu entre mil e 1.499 ordens da Fisa envolvendo conteúdo de usuários entre janeiro e junho de 2016, ante 0 e 499 pedidos durante o primeiro semestre de 2015.

Porém, o número de contas de usuário impactadas por ordens Fisa caiu durante o mesmo período de 17,5 mil a 17.999 mil para entre 12 mil e 12.499, segundo o relatório da Microsoft.

O governo dos EUA somente permite que as empresas divulguem o número de pedidos de informações sob o Fisa em bandas, em vez de dados específicos.

As ordens Fisa são aprovadas por juízes que participam do Tribunal de Vigilância de Inteligência Externa e são consideradas como segredo de segurança nacional.

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