México pode adotar teleféricos para desafogar tráfego urbano
O teleférico poderia transportar cerca de 550 mil pessoas por dia e custaria a metade do preço para ser construído, em comparação com estações de metrô e ônibus
Da Redação
Publicado em 3 de dezembro de 2015 às 15h44.
São Paulo – A Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação da Cidade do México (SECITI) encontrou uma alternativa para diminuir o tráfego de veículos da capital mexicana. A instituição apresentou semana passada o protótipo de um teleférico horizontal que teria capacidade de transportar cerca de 550 mil pessoas por dia.
Chamado de Transporte Urbano Elevado Personalizado (Tuep), ele consiste em várias cabines similares aos bondinhos que fazem o transporte de turistas e moradores no Complexo do Alemão no Rio de Janeiro. A diferença é que esse meio de transporte poderá ser construído no centro da capital mexicana e pode levar apenas duas pessoas por vez.
A estrutura do Tuep é feita a partir de metal e tem trilhos aéreos que são sustentados por postes – eles são posicionados a 12, 24 ou 37 metros de distância uns dos outros devido a questões de segurança.
Mais fácil do que usar o metrô, os passageiros precisam subir em uma das estações (a partir de elevadores) e embarcar em uma das cabines. Depois, basta eles definirem o destino para que todo o trajeto seja feito automaticamente – inclusive a mudança de linha.
A Cidade do México tem o segundo pior tráfego do mundo, de acordo com o Índice de Trânsito TomTom de 2014, que mede o tempo extra que um automóvel leva para chegar a algum local devido ao congestionamento.
Na capital mexicana, trafegar com veículos demora 55% a mais do que em cidades em que o trânsito é considerado normal. No Rio de Janeiro, o número é bem parecido, chegando a 51% (colocando a capital carioca no terceiro pior lugar no ranking da TomTom). Em São Paulo, o tempo extra gerado pelo congestionamento é de 33%.
Benefícios
A vantagem de construir essa estrutura no centro da Cidade do México é que a velocidade de deslocamento seria duas vezes maior. Enquanto as cabines viajam a 15 km/h, a velocidade média dos automóveis na capital mexicana é de 8 km/h na hora do rush.
Além disso, os bondinhos já ocupados não são obrigados a parar em cada estação para o embarque e desembarque, o que diminuiria (e muito) o tempo do trajeto, segundo a Tuep S/A em vídeo.
Outra questão importante na implementação do novo transporte é o custo. De acordo com a Tuep, o valor da construção seria de nove milhões de dólares a 19 milhões de dólares por quilômetro -- em comparação com 190 milhões de dólares para um quilômetro de metrô. Sua manutenção também seria 40% menor do que as linhas de ônibus e metrô da capital.
Por outro lado, o principal ponto negativo seria a poluição visual gerada na cidade. São Paulo, por exemplo, está trabalhando na construção de uma linha suspensa de trens, que também gera esse transtorno.
Apesar de um protótipo já estar pronto, ainda não existe previsão para quando o Tuep será implementado na Cidade do México.
Veja como o transporte funciona no vídeo abaixo (em espanhol):
https://youtube.com/watch?v=zmVJB16kGpk
São Paulo – A Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação da Cidade do México (SECITI) encontrou uma alternativa para diminuir o tráfego de veículos da capital mexicana. A instituição apresentou semana passada o protótipo de um teleférico horizontal que teria capacidade de transportar cerca de 550 mil pessoas por dia.
Chamado de Transporte Urbano Elevado Personalizado (Tuep), ele consiste em várias cabines similares aos bondinhos que fazem o transporte de turistas e moradores no Complexo do Alemão no Rio de Janeiro. A diferença é que esse meio de transporte poderá ser construído no centro da capital mexicana e pode levar apenas duas pessoas por vez.
A estrutura do Tuep é feita a partir de metal e tem trilhos aéreos que são sustentados por postes – eles são posicionados a 12, 24 ou 37 metros de distância uns dos outros devido a questões de segurança.
Mais fácil do que usar o metrô, os passageiros precisam subir em uma das estações (a partir de elevadores) e embarcar em uma das cabines. Depois, basta eles definirem o destino para que todo o trajeto seja feito automaticamente – inclusive a mudança de linha.
A Cidade do México tem o segundo pior tráfego do mundo, de acordo com o Índice de Trânsito TomTom de 2014, que mede o tempo extra que um automóvel leva para chegar a algum local devido ao congestionamento.
Na capital mexicana, trafegar com veículos demora 55% a mais do que em cidades em que o trânsito é considerado normal. No Rio de Janeiro, o número é bem parecido, chegando a 51% (colocando a capital carioca no terceiro pior lugar no ranking da TomTom). Em São Paulo, o tempo extra gerado pelo congestionamento é de 33%.
Benefícios
A vantagem de construir essa estrutura no centro da Cidade do México é que a velocidade de deslocamento seria duas vezes maior. Enquanto as cabines viajam a 15 km/h, a velocidade média dos automóveis na capital mexicana é de 8 km/h na hora do rush.
Além disso, os bondinhos já ocupados não são obrigados a parar em cada estação para o embarque e desembarque, o que diminuiria (e muito) o tempo do trajeto, segundo a Tuep S/A em vídeo.
Outra questão importante na implementação do novo transporte é o custo. De acordo com a Tuep, o valor da construção seria de nove milhões de dólares a 19 milhões de dólares por quilômetro -- em comparação com 190 milhões de dólares para um quilômetro de metrô. Sua manutenção também seria 40% menor do que as linhas de ônibus e metrô da capital.
Por outro lado, o principal ponto negativo seria a poluição visual gerada na cidade. São Paulo, por exemplo, está trabalhando na construção de uma linha suspensa de trens, que também gera esse transtorno.
Apesar de um protótipo já estar pronto, ainda não existe previsão para quando o Tuep será implementado na Cidade do México.
Veja como o transporte funciona no vídeo abaixo (em espanhol):