Tecnologia

Logitech apresenta primeiro aparelho com Google TV

O software do Google TV é baseado no sistema Android, usado em celulares, e é aberto e gratuito

O aparelho da Logitech vai custar 299 dólares e chega às lojas no final do mês (.)

O aparelho da Logitech vai custar 299 dólares e chega às lojas no final do mês (.)

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Da Redação

Publicado em 7 de outubro de 2010 às 11h17.

Nova York - O primeiro equipamento com o Google TV, o software de televisão do Google, foi lançado hoje em Nova York, pela Logitech. O aparelho é menor que um conversor de TV paga e inclui um controle remoto com um teclado -- ou melhor, um teclado que tem botões específicos para operar todos os equipamentos de um home theater.

O Logitech Revue é a primeira cabeça de ponte do Google na sala de estar, o próximo front da guerra da internet.

O aparelho apresentado hoje em um evento em Nova York é um dos primeiros movimentos da inevitável entrada do Google, e da internet,  nas TVs. O princípio básico do Google TV é a busca, e isso explica o controle remoto enorme, cheio de teclas.

O conversor da TV paga é conectado ao aparelho, que por sua vez é ligado ao televisor. Na demonstração do produto, um executivo da Logitech buscou Top Gear, um programa sobre carros produzido pela BBC.

Os resultados incluíam gravações armazenadas no gravador digital de vídeo, episódios futuros da grade de programação, clipes do YouTube e páginas da internet. O mecanismo de busca foi criado especificamente para exibir resultados em vídeo (mas é possível também abrir um navegador e fazer uma pesquisa convencional).

"Existem inúmeras fontes de conteúdo, e cada uma delas está em uma tela separada", disse Junien Labrousse, vice-presidente executivo de produtos da Logitech. "A ideia é reunir tudo em uma única uma tela, a melhor delas: a TV".

O aparelho da Logitech vai custar 299 dólares e chega às lojas no final do mês. O Google TV também estará disponível em alguns modelos de TV da Sony. O software é baseado no sistema Android, usado em celulares, e é aberto e gratuito: em teoria, qualquer fabricante pode adaptá-lo e usá-lo em seus produtos.

O plano do Google, como sempre muito ambicioso, é criar uma camada de software entre o usuário e os infinitas fontes de programação de TV e cinema disponíveis. Já foram anunciadas parcerias com diversas emissoras de TV e estúdios de cinema para que os vídeos e filmes que hoje são vistos na tela do computador cheguem à TV da sala.

Embora no Brasil a oferta de programação das TVs pela internet seja pequena, nos Estados Unidos existem diversos serviços que permitem assistir via internet à praticamente toda a programação das emissoras abertas.

Os telespectadores mais diligentes já ligam computadores diretamente à TV, mas são produtos como o Logitech Revue e o recém-lançado Apple TV que vão tornar a internet na sala uma realidade no dia-a-dia da maioria dos consumidores.


O Google entrega o software de graça. O que ganha com isso, então? Em primeiro lugar, informações preciosas sobre as preferências dos usuários diante da TV. No evento de hoje, a representante do Google foi questionada sobre publicidade.

A princípio, não haverá nenhuma exibição de anúncios que não sejam aqueles já embutidos nos programas ou nos sites acessados via Google TV. Mas a intenção do Google, naturalmente, é um dia usar todo o conhecimento acumulado para exibir publicidade mais relevante também via TV.

Além do anúncio do Revue, foi apresentada uma câmera de alta definição que pode ser acoplada ao televisor, para videoconferências. A demonstração foi breve, mas a imagem tem excelente qualidade e aponta para um possível uso do sistema para videoconferências.
 

É uma alternativa  de baixo custo (a câmera custará 149 dólares) aos sistemas de empresas como a Cisco, que vende a Telepresença por muitos milhares de dólares.

A própria Cisco, a propósito, anunciou hoje o Umi (pronuncia-se iú-mi, de "you-me"), uma versão doméstica da Telepresença. Com um teclado no colo e uma câmera apontada para o sofá, a experiência de ver TV vai mudar bastante, de acordo com a visão das empresas de tecnologia. No mínimo, vai ser mais fácil achar o controle remoto.

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