Inteligencia artificial não destruirá a humanidade, diz cofundador da DeepMind
Segundo Mustafa Suleyman, cofundador da empresa de inteligência artificial do Google, a inteligência artificial foi criada para ajudar a humanidade, e não destruí-la
Da Redação
Publicado em 8 de junho de 2015 às 06h43.
Para o alívio (ou não) de Elon Musk, Mustafa Suleyman, o cofundador da empresa de pesquisas sobre inteligência artificial do Google, DeepMind, disse que a humanidade não precisa se preocupar com os rumos que a inteligência artificial tomará no futuro.
Em uma conferência sobre o assunto realizada pela Bloomberg, chamada AI2015, o executivo afirmou que os estudos feitos na DeepMind estão sendo desenvolvidos para aprimorar os serviços do próprio Google, e que eles não fariam mal à humanidade. Segundo Suleyman, há muitas preocupações mais urgentes no momento, como os iminentes desastres naturais. É com isso que devíamos estar preocupados, disse ele.
Além de Elon Musk, o fundador da Microsoft, Bill Gates, também já manifestou preocupações sobre o desenvolvimento da inteligência artificial. Musk, que investiu na DeepMind antes de sua aquisição pelo Google, chegou a dizer em um comentário na internet que dentro de cinco anos os robôs poderiam começar a matar os humanos.
Mas, Suleyman parece não estar preocupado com os anseios de seu investidor. Em um trecho gravado na ferramenta Periscope pelo usuário Rodolo Rosini, Suleyman fala sobre o quanto a IA pode ser poderosa. Mas, ainda assim, ele explica que a tecnologia é criada com limites e controles que não permitem prejudicar a humanidade.
Na conferência, uma das pessoas chegou a perguntar ao cofundador da DeepMind sobre um conselho de ética criado para garantir que as pesquisas da companhia permaneçam dentro da lei e seguras. Porém, os nomes dos membros desse conselho nunca foram divulgados, ao que Suleyman respondeu dizendo que as pessoas serão reveladas em seu devido tempo.
O site Wall Street Journal divulgou um trecho da fala de Suleyman sobre a potencial ameaça da IA para a humanidade:
A maneira como pensamos sobre inteligência artificial é que ela será uma ferramenta extremamente poderosa que controlamos e direcionamos, dentro de seus limites de capacidade, assim como fazemos com qualquer outra ferramenta que temos no mundo, sejam máquinas de lavar ou tratores. Nós estamos criando isso para empoderar a humanidade e não para nos destruir, afirmou o executivo.
Fonte: Business Insider; Wall Street Journal