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Intel descarta venda de participação na Mobileye e ações da empresa disparam

Com rumores desmentidos, papéis da Mobileye sobem 13% em meio à reafirmação da Intel no mercado de direção autônoma

Pat Gelsinger, CEO da Intel: empresa defende posição no mercado de direção autônoma (Andrej Sokolow/picture alliance/Getty Images)

Publicado em 19 de setembro de 2024 às 16h42.

Última atualização em 19 de setembro de 2024 às 16h52.

A Intel confirmou nesta quinta-feira, 18, quenão pretende vender sua participação majoritária na Mobileye, o que impulsionou as ações da empresa de tecnologia autônoma em mais de 13%. Esse movimento ocorre após uma forte queda nas ações da Mobileye, que despencaram 73% ao longo do ano.

Especulações de que a Intel planejava vender parte de sua participação surgiram no início de setembro, após reportagem da Bloomberg. Em resposta, a Intel divulgou um comunicado reforçando sua confiança na Mobileye e seu papel na inovação de sistemas de assistência ao motorista. "Acreditamos no futuro da tecnologia de direção autônoma e no papel único da Mobileye", afirmou a empresa.

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Apesar de sua liderança no setor, a Mobileye tem enfrentado dificuldades devido à demanda oscilante por seus chips de assistência à condução, especialmente no mercado chinês. Em agosto, a empresa ajustou suas previsões de receita e lucro para baixo, refletindo um ambiente de vendas mais desafiador.

A Intel, que comprou a Mobileye por US$ 15,3 bilhões em 2017,relistou suas ações cinco anos depois por meio de uma oferta pública inicial. Atualmente, a gigante dos semicondutores controla cerca de 88,3% das ações da Mobileye, de acordo com o relatório anual mais recente da empresa israelense.

Além disso, a Intel está passando por uma ampla reestruturação, voltando seu foco para sua unidade de fabricação de chips e processadores voltados à inteligência artificial. A empresa sofreu uma queda em suas ações recentemente, devido a cortes de empregos, suspensão de dividendos e a saída de um membro importante de seu conselho. No entanto,um acordo com a Amazon, firmado na segunda-feira, pode ajudar a recuperar parte do impulso da Intel no setor de fabricação de chips, à medida que a empresa busca enfrentar concorrentes como a Taiwan Semiconductor Manufacturing Co.

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