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Google transforma smartphones Android em sensores de terremotos

Smartphones começaram a detectar terremotos para fornecer dados que poderiam dar a bilhões de usuários avisos de um tremor próximo

Celular com Android: especialistas em sismologia consultados pelo Google disseram que transformar smartphones em minissismógrafos marcou um grande avanço (Lucas Agrela/Site Exame)

Celular com Android: especialistas em sismologia consultados pelo Google disseram que transformar smartphones em minissismógrafos marcou um grande avanço (Lucas Agrela/Site Exame)

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Reuters

Publicado em 11 de agosto de 2020 às 15h33.

Última atualização em 11 de agosto de 2020 às 15h38.

Os smartphones Android do Google, de propriedade da Alphabet, começaram nesta terça-feira a detectar terremotos em todo o mundo para fornecer dados que poderiam dar a bilhões de usuários preciosos avisos de um tremor próximo, com um recurso de alerta sendo lançado inicialmente na Califórnia.

Se a abordagem do Google para detecção e alerta de terremotos for eficaz, os avisos chegarão a mais pessoas, incluindo pela primeira vez na Indonésia e em outros países em desenvolvimento com poucos sensores de detecção tradicionais.

Especialistas em sismologia consultados pelo Google disseram que transformar smartphones em minissismógrafos marcou um grande avanço, apesar dos inevitáveis alertas errados de um trabalho em andamento e da dependência de algoritmos de uma empresa privada para segurança pública. Mais de 2,5 bilhões de dispositivos, incluindo alguns tablets, rodam o sistema operacional Android do Google.

"Estamos no caminho certo para enviar alertas de terremotos onde quer que haja smartphones", disse Richard Allen, diretor do laboratório sismológico da Universidade da Califórnia em Berkeley.

O programa do Google surgiu há mais de 4 anos de um teste para verificar se os acelerômetros de telefones podiam detectar acidentes de carro, terremotos e tornados, disse o engenheiro de software principal Marc Stogaitis.

Atualmente, os telefones Android podem diferenciar terremotos de vibrações causadas por trovões ou uma queda do dispositivo apenas quando eles estão carregando, parados e possuem permissão do usuário para compartilhar dados com o Google.

Se os smartphones detectarem um terremoto, eles enviam a localização da cidade ao Google, que pode triangular o epicentro e estimar a magnitude com algumas centenas de registros, disse Stogaitis.

O Google espera enviar seus primeiros alertas com base nas leituras dos telefones no próximo ano. Também planeja fornecer alertas gratuitamente para empresas que desejam desligar elevadores, linhas de gás e outros sistemas automaticamente antes que o tremor ocorra.

Os alertas serão enviados para terremotos de magnitude 4,5 ou superior, e nenhum download de aplicativo é necessário.

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