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Google anuncia aliança no mercado de celulares

Mais de 30 empresas juntaram-se ao Google para criar programas e aplicativos para celulares, a partir de um código aberto

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h43.

O Google anunciou, nesta segunda-feira (5/11) uma ambiciosa aliança com 33 empresas para desenvolver um sistema operacional de baixo custo para telefones celulares. O sistema, batizado de Android, será baseado em código aberto, isto é, a partir da plataforma oferecida pelo Google, os programadores poderão criar suas próprias aplicações sem nenhuma restrição.

A plataforma vai incluir diversos níveis de software, como o sistema operacional, uma interface para os usuários e aplicativos para celulares. Entre os peso-pesados que aderiram ao projeto, estão Motorola, Samsung, Sprint Nextel, Telecom Italia, Telefónica, Intel e Qualcomm.

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De acordo com o americano The Wall Street Journal, a divulgação de hoje põe fim a uma série de especulações que circularam pelo mercado nos últimos meses. Todas apontavam para a possibilidade de o Google anunciar sua própria versão de aparelho celular, que chegou a ser informalmente chamado de Google Phone ou Gphone. "Este anúncio é mais ambicioso do que qualquer Google Phone especulado pela imprensa", afirmou o executivo-chefe da companhia, Eric Schmidt, ao britânico Financial Times.

Os primeiros aparelhos com a nova tecnologia de software, porém, só devem chegar ao mercado no segundo semestre de 2008. O acordo desta segunda também é considerado uma resposta do Google à aliança da Microsoft com a Nokia, cujo objetivo é criar um sistema semelhante, conhecido como Symbian.

Mobilidade da web

O principal objetivo do Google é impulsionar a mobilidade da internet. De acordo com WSJ, a empresa está frustrada com o modo como o mercado de telefonia móvel trabalha atualmente. As operadoras e os fabricantes de aparelhos controlam os serviços que os usuários podem acessar por meio de softwares que restringem as possibilidades de desenvolvimento de novos programas. Os desenvolvedores de software, por exemplo, não conseguem acesso à localização exata do usuário, lista de contatos ou hábitos de navegação na web. O Google e seus parceiros esperam estimular a inovação em áreas como oferta de serviços baseados na localização do usuário e na sua rede social.

No longo prazo, a empresa acredita que o principal impacto de sua iniciativa seja econômica. Se o Google, como se espera, fornecer o software Android de graça ou a custos reduzidos para os parceiros, a economia poderia ser repassada aos compradores finais dos aparelhos. Além disso, no futuro, a empresa pode subsidiar parte do preço dos celulares por meio de programas de publicidade personalizada. O Google já criou um sistema de exibição de propaganda para celulares a partir de sua plataforma na web, de acordo com o WSJ.

Mas, até que os primeiros aparelhos com a tecnologia Android cheguem ao mercado, ainda não está claro quanto os parceiros do Google alimentarão seu desejo de mobilidade. As empresas aliadas ainda deverão pedir garantias de que dados confidenciais de seus clientes não caiam nas mãos de pessoas indesejadas, o que traria o risco de invasões de privacidade.

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