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Goleiro robótico agarra objetos em pleno voo

Um braço robótico construído na Suíça é capaz de prever a trajetória de objetos atirados em sua direção e antecipar os movimentos necessários para agarrá-los

Aude Billard: a tecnologia do robô que prevê movimentos poderá ser usada em carros sem motorista (Reprodução / EPFL-LASA)

Maurício Grego

Publicado em 13 de maio de 2014 às 11h13.

São Paulo -- Robôs industriais são fortes e precisos nos movimentos. Mas, se um deles fosse substituir o goleiro Jefferson na seleção brasileira de futebol, é provável que o time tomasse uma goleada.

Os bons goleiros preveem a trajetória da bola e, antes mesmo de ela se aproximar, jogam-se na direção certa para interceptá-la. É algo que os robôs, até agora, não conseguiam fazer.

Uma equipe da Escola Politécnica Federal de Lausanne, na Suíça, criou um braço robótico capaz de fazer exatamente isso. Com três articulações no braço e quatro dedos na mão, o robô é capaz de agarrar, no ar, objetos atirados em sua direção.

Os pesquisadores usaram um braço robótico leve fabricado pela empresa alemã Kuka. Acoplaram, a ele, uma mão robótica Allegro, da sul-coreana SimLab.

A inovação mais importante está na tecnologia de controle. O robô da Kuka já é bastante avançado nisso. Ele tem um sistema de inteligência artificial que permite que seja treinado por meio de exemplos.

No modo de treino, basta repetir diversas vezes um movimento para que o robô aprenda a realizá-lo. Para cada tipo de objeto a ser agarrado, os pesquisadores realizaram o mesmo movimento cerca de 20 vezes. Depois disso, o robô já era capaz de repeti-lo sozinho.

Mas isso não é suficiente para agarrar um objeto irregular em alta velocidade. Foi preciso desenvolver o software que analisa imagens captadas por câmeras e identifica a trajetória e o formato do objeto.

Esse desenvolvimento demorou quase três anos, mas o resultado impressiona. Com base nas informações sobre o objeto, o braço e os dedos fazem movimentos rápidos e precisos para agarrá-lo. O processo todo demora apenas cinco centésimos de segundo.

Isso funciona inclusive com objetos de formato mais complexo do que uma simples bola, como uma raquete de tênis. Nesse caso, o robô precisa determinar que parte da raquete deve pegar.

Aude Billard, líder do laboratório onde foi desenvolvido o projeto, diz, no vídeo abaixo, que essa pesquisa tem inúmeras aplicações práticas importantes. Uma delas está nos carros sem motorista, que precisam prever o movimento de outros veículos e pedestres para evitá-los.

Neste vídeo (em inglês), os pesquisadores mostram como o robô é treinado e, depois, demonstram seu funcionamento:

//www.youtube.com/embed/M413lLWvrbI?rel=0

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São Paulo -- Robôs industriais são fortes e precisos nos movimentos. Mas, se um deles fosse substituir o goleiro Jefferson na seleção brasileira de futebol, é provável que o time tomasse uma goleada.

Os bons goleiros preveem a trajetória da bola e, antes mesmo de ela se aproximar, jogam-se na direção certa para interceptá-la. É algo que os robôs, até agora, não conseguiam fazer.

Uma equipe da Escola Politécnica Federal de Lausanne, na Suíça, criou um braço robótico capaz de fazer exatamente isso. Com três articulações no braço e quatro dedos na mão, o robô é capaz de agarrar, no ar, objetos atirados em sua direção.

Os pesquisadores usaram um braço robótico leve fabricado pela empresa alemã Kuka. Acoplaram, a ele, uma mão robótica Allegro, da sul-coreana SimLab.

A inovação mais importante está na tecnologia de controle. O robô da Kuka já é bastante avançado nisso. Ele tem um sistema de inteligência artificial que permite que seja treinado por meio de exemplos.

No modo de treino, basta repetir diversas vezes um movimento para que o robô aprenda a realizá-lo. Para cada tipo de objeto a ser agarrado, os pesquisadores realizaram o mesmo movimento cerca de 20 vezes. Depois disso, o robô já era capaz de repeti-lo sozinho.

Mas isso não é suficiente para agarrar um objeto irregular em alta velocidade. Foi preciso desenvolver o software que analisa imagens captadas por câmeras e identifica a trajetória e o formato do objeto.

Esse desenvolvimento demorou quase três anos, mas o resultado impressiona. Com base nas informações sobre o objeto, o braço e os dedos fazem movimentos rápidos e precisos para agarrá-lo. O processo todo demora apenas cinco centésimos de segundo.

Isso funciona inclusive com objetos de formato mais complexo do que uma simples bola, como uma raquete de tênis. Nesse caso, o robô precisa determinar que parte da raquete deve pegar.

Aude Billard, líder do laboratório onde foi desenvolvido o projeto, diz, no vídeo abaixo, que essa pesquisa tem inúmeras aplicações práticas importantes. Uma delas está nos carros sem motorista, que precisam prever o movimento de outros veículos e pedestres para evitá-los.

Neste vídeo (em inglês), os pesquisadores mostram como o robô é treinado e, depois, demonstram seu funcionamento:

//www.youtube.com/embed/M413lLWvrbI?rel=0

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