As declarações da executiva Anne Krueger, do Fundo Monetário Internacional (FMI), podem trazer um pouco de tranqüilidade ao mercado, que segue sem volume suficiente de movimentação para se recuperar das perdas dos últimos dias.

O dia de hoje (24/07) reserva fundamentos importantes, mas que -- na opinião de analistas do mercado -- não devem desviar a atenção dos investidores da crise internacional e do cenário político brasileiro.

O Comitê de Política Monetária (Copom) divulga a ata da última reunião. O mercado acredita que as justificativas para a redução da taxa básica de juros para 18% serão o foco na inflação de 2003 e a contenção dos preços livres. O Banco Central anuncia também nota sobre juros e spread bancários.

O IBGE tem dois anúncios: o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) de junho, divulgado nesta manhã -- alta de 0,7% -- e a pesquisa mensal de emprego (30 dias), relativa ao mesmo mês.

"A taxa de desemprego poderá recuar levemente", afirmam os analistas do Lloyds TSB. A estimativa do banco é de 8,3% em junho, contra 8,47% de maio. Nos cinco primeiros meses do ano, a taxa média de desemprego está bem acima da verificada no mesmo período de 2001 (8% contra 6,8%), enquanto a taxa sazonalmente ajustada retornou ao elevado patamar verificado em maio de 2000. "É um dos sinais que confirma a baixa velocidade de recuperação da atividade produtiva", diz o Lloyds

Por fim, o Tesouro Nacional mostra o resultado primário do governo do mês de junho. Deverá haver superávit em torno de 1,5 bilhão de reais, valor pouco inferior ao do mesmo mês em 2001 (1,6 bilhão).