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Financial Times diverge da Apple e ameaça desistir do iPad

A empresa de Steve Jobs quer que a venda de assinatura seja feita em sua loja on-line, a App Store, mas o jornal resiste a compartilhar dados de seus leitores

O jornal The Daily: a Apple quer controlar as vendas de assinaturas no iPad (Spencer Platt / Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2011 às 15h24.

São Paulo — O jornal Financial Times ameaçou abandonar a venda de conteúdo digital para o tablet iPad por divergir da Apple quanto à forma de comercialização das assinaturas. Nesta segunda-feira, representantes do jornal – com sede no Reino Unido – disseram que a intenção da empresa é continuar vendendo assinaturas para sua versão digital para iPad diretamente aos leitores.

A estratégia vai contra a orientação da Apple para que todo o relacionamento com os clientes seja feito através de sua loja de aplicativos, a App Store."Não queremos perder nosso relacionamento direto com os assinantes. Esse é o cerne de nosso modelo de negócios", disse Rob Grinshaw, diretor executivo do site FT.com, em entrevista à agência de notícias Reuters.

Apesar de esperar um resultado positivo das negociações com a empresa de Steve Jobs, ele fez questão de lembrar que a distribuição do jornal pelo tablet não é a única opção disponível. "Se um canal não combina com o nosso modo de fazer negócios, existem muitos outros disponíveis para nós".

Após o lançamento do The Daily, o primeiro jornal exclusivo para tablets, a Apple decidiu lançar um novo modelo de regras para a assinatura de conteúdo digital – como jornais, revistas, filmes e músicas. O ponto principal do documento é a forma de divisão dos lucros entre o desenvolvedor, o dono do conteúdo, e o revendedor, no caso, a loja virtual da Apple, a App Store. “Nossa filosofia é simples. Quando a Apple traz um novo consumidor para o aplicativo, ficamos com 30% do valor. Se o desenvolvedor trouxer o cliente, ele fica com 100%”, disse Steve Jobs, CEO da empresa, em fevereiro de 2011.

A companhia não proíbe a venda de assinaturas fora de seu ambiente virtual, mas incentiva “que os responsáveis pelas publicações façam ofertas iguais ou melhores dentro dos aplicativos". "Assim, os consumidores poderão fazer a assinatura com apenas um clique”, afirmou Jobs. Além do controle sobre a divisão dos lucros, a venda de assinaturas de conteúdo digital via App Store dá à Apple acesso à base de dados dos assinantes, o que o Financial Times pretende proteger.

O Financial Times atribui grande valor ao seu relacionamento direto com os clientes, o que permite a personalização de publicidade e produtos para sua audiência. Por esse motivo, a publicação vem resistindo aos esforços da Apple para canalizar o processo de assinatura via App Store. Hoje, o número de assinantes pagos de sua versão digital – incluindo iPad e sites – chega a 590.000, contra os 440.000 da versão em papel.

(Com informações da Agência Reuters)

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A estratégia vai contra a orientação da Apple para que todo o relacionamento com os clientes seja feito através de sua loja de aplicativos, a App Store."Não queremos perder nosso relacionamento direto com os assinantes. Esse é o cerne de nosso modelo de negócios", disse Rob Grinshaw, diretor executivo do site FT.com, em entrevista à agência de notícias Reuters.

Apesar de esperar um resultado positivo das negociações com a empresa de Steve Jobs, ele fez questão de lembrar que a distribuição do jornal pelo tablet não é a única opção disponível. "Se um canal não combina com o nosso modo de fazer negócios, existem muitos outros disponíveis para nós".

Após o lançamento do The Daily, o primeiro jornal exclusivo para tablets, a Apple decidiu lançar um novo modelo de regras para a assinatura de conteúdo digital – como jornais, revistas, filmes e músicas. O ponto principal do documento é a forma de divisão dos lucros entre o desenvolvedor, o dono do conteúdo, e o revendedor, no caso, a loja virtual da Apple, a App Store. “Nossa filosofia é simples. Quando a Apple traz um novo consumidor para o aplicativo, ficamos com 30% do valor. Se o desenvolvedor trouxer o cliente, ele fica com 100%”, disse Steve Jobs, CEO da empresa, em fevereiro de 2011.

A companhia não proíbe a venda de assinaturas fora de seu ambiente virtual, mas incentiva “que os responsáveis pelas publicações façam ofertas iguais ou melhores dentro dos aplicativos". "Assim, os consumidores poderão fazer a assinatura com apenas um clique”, afirmou Jobs. Além do controle sobre a divisão dos lucros, a venda de assinaturas de conteúdo digital via App Store dá à Apple acesso à base de dados dos assinantes, o que o Financial Times pretende proteger.

O Financial Times atribui grande valor ao seu relacionamento direto com os clientes, o que permite a personalização de publicidade e produtos para sua audiência. Por esse motivo, a publicação vem resistindo aos esforços da Apple para canalizar o processo de assinatura via App Store. Hoje, o número de assinantes pagos de sua versão digital – incluindo iPad e sites – chega a 590.000, contra os 440.000 da versão em papel.

(Com informações da Agência Reuters)

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