Facebook é último colocado em ranking de confiança de usuários
A rede social liderada por Mark Zuckerberg ainda é vista com desconfiança após o escãndalo de uso de dados pela consultoria política Cambridge Analytica
Lucas Agrela
Publicado em 24 de setembro de 2020 às 12h12.
Última atualização em 24 de setembro de 2020 às 12h38.
A rede social Facebook ficou em última colocada em um levantamento feito pela empresa de pesquisas Insider Intelligence sobre a confiança de usuários em mídias digitais.
A pesquisa chamada "US Digital Trust Survey" levou em conta cinco categorias de confiança: legitimidade, segurança, experiência, relevância de anúncios e comunidade.
Menos de um terço dos americanos (32%) disseram ter confiança no Facebook para proteger seus dados e sua privacidade. Em contraste, o LinkedIn, que pertence à Microsoft, teve a desconfiança de 10% dos participantes da pesquisa.
O levantamento foi feito dois anos depois do escândalo de uso indevido de dados pessoais pela consultoria política Cambridge Analytica, que teria influenciado nas eleições presidenciais americanas. Mesmo após esse período, o público ainda têm uma percepção negativa da rede social liderada por Mark Zuckerberg quanto a temas de privacidade e segurança de dados pessoais na plataforma.
Foram entrevistados via internet 1.865 adultos nos Estados Unidos, com idades entre 18 e 74 anos, entre os dias 28 de maio e 3 de junho de 2020.
As redes sociais consideradas no levantamento foram: Facebook, Instagram, LinkedIn, Pinterest, reddit, Snapchat, TikTok, Twitter e YouTube.
Veja os resultados da pesquisa na imagem abaixo.
(Strongly agree = concorda plenamente; agree = concorda; Somewhat agree = concorda em parte; neutral = neutro; somewhat diagree = discorda em parte; disagree = discorda; strongly disagree = discorda plentamente)
Vale notar que a pesquisa foi realizada antes de o TikTok virar alvo do presidente americano Donald Trump. Em junho, um grupo de usuários do aplicativo reservou assentos em um comício de Trump em Tulsa e não compareceu.
A partir de agosto, o presidente americano iniciou uma queda de braço contra a China para que a empresa fosse vendida para uma companhia americana, ou ela seria bloqueada em solo estunidense. Até o momento, não há definição desse embróglio.
Enquanto isso, o Facebook, por meio do Instagram, lançou o Reels, uma alternativa ao TikTok e vem aprimorando o recurso.