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Executivo da Apple diz que Samsung trapaceia nos testes

Phil Schiller, da Apple, aponta um artigo que afirma que a Samsung usou truques para enganar programas de teste e fazer o Galaxy Note 3 parecer mais rápido

Phil Schiller, da Apple: ataque à Samsung no Twitter (Kevork Djansezian/Getty Images)

Maurício Grego

Publicado em 1 de outubro de 2013 às 16h21.

São Paulo -- Phil Schiller, vice-presidente sênior de marketing da Apple , investiu alguns segundos num ataque à rival Samsung hoje. Em sua conta no Twitter , ele compartilhou um artigo que afirma que o smartphone Galaxy Note 3 foi preparado para enganar os programas de teste usados para avaliar esses aparelhos.

Schiller escreveu “shenanigans“ (cambalacho). Na sequência, compartilhou um link para um artigo no blog Ars Technica com o título “’Ajustes’ para benchmarking no Galaxy Note 3 inflam pontuação em até 20%”.

Ron Amadeo, o autor do artigo, diz que desconfiou do fato de os resultados de testes do Galaxy Note 3 serem superiores aos do LG G2. Ambos possuem processador Snapdragon 800, da Qualcomm, trabalhando a 2,3 GHz. Era de se esperar que os resultados fossem parecidos.

Amadeo diz que investigou essa discrepância e concluiu “com segurança” que a Samsung implantou, no Galaxy Note 3, um modo especial, de alta potência, que só é acionado quando se rodam programas de teste.


Se a Samsung deixasse esse modo turbo funcionar com todos os aplicativos, a carga da bateria se esgotaria rapidamente. O truque é fazer com que o modo turbo seja acionado apenas durante os testes de velocidade.

Amadeo afirma que conseguiu desabilitar esse modo turbinado. Comparando os resultados com e sem o turbo, ele observou que o truque faz o Galaxy Note 3 parecer até 20% mais veloz do que é na realidade.

O Ars Technica costuma ser um blog confiável. E os argumentos técnicos de Amadeo parecem sólidos. Além disso, a Samsung tem antecedentes.

Na época do lançamento do Galaxy S4 , o Anandtech, outro blog especializado, descobriu que a empresa havia usado um truque parecido, aparentemente com o objetivo de inflar resultados de testes do smartphone.

A Samsung, então, respondeu que seu processador de fato podia trabalhar no modo mais veloz. Mas disse que a velocidade era reduzida ao rodar determinados jogos para evitar sobrecarga. A empresa negou que a intenção fosse trapacear nos testes.


Apesar de esses truques serem condenáveis, o episódio não tem muita importância para o consumidor, Não há muita gente que compra smartphones para rodar programas de teste. E pessoas que experimentaram o Galaxy Note 3 relatam que ele é muito rápido no uso prático (alguns diriam que é tão rápido quanto o LG G2).

Logo, não há de que reclamar sobre o desempenho do smartphone da Samsung. Amadeu observa que, mesmo sem o modo turbo, o Galaxy Note 3 ainda é ligeiramente mais veloz que o G2.

“Se a intenção por traz do modo turbo era assegurar que o Galaxy Note 3 ficaria à frente na disputa dos benchmarks, parece que nem era necessário ter feito isso”, conclui ele.

O Ars Technica também publicou um teste com o tablet Galaxy Note 10.1, anunciado junto com o Galaxy Note 3. Segundo Jason Inofuentes, que assina o artigo, o truque de enganar benchmarks também está presente nesse tablet, ainda que de forma mais limitada.

Phil Schiller, da Apple, ainda pode se vangloriar de duas coisas. Primeiro, o iPhone 5s, com processador de 64 bits (o primeiro num smartphone), tem superado os rivais em testes de desempenho. Segundo, a Apple nunca foi acusada de trapacear nesses testes.

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Schiller escreveu “shenanigans“ (cambalacho). Na sequência, compartilhou um link para um artigo no blog Ars Technica com o título “’Ajustes’ para benchmarking no Galaxy Note 3 inflam pontuação em até 20%”.

Ron Amadeo, o autor do artigo, diz que desconfiou do fato de os resultados de testes do Galaxy Note 3 serem superiores aos do LG G2. Ambos possuem processador Snapdragon 800, da Qualcomm, trabalhando a 2,3 GHz. Era de se esperar que os resultados fossem parecidos.

Amadeo diz que investigou essa discrepância e concluiu “com segurança” que a Samsung implantou, no Galaxy Note 3, um modo especial, de alta potência, que só é acionado quando se rodam programas de teste.


Se a Samsung deixasse esse modo turbo funcionar com todos os aplicativos, a carga da bateria se esgotaria rapidamente. O truque é fazer com que o modo turbo seja acionado apenas durante os testes de velocidade.

Amadeo afirma que conseguiu desabilitar esse modo turbinado. Comparando os resultados com e sem o turbo, ele observou que o truque faz o Galaxy Note 3 parecer até 20% mais veloz do que é na realidade.

O Ars Technica costuma ser um blog confiável. E os argumentos técnicos de Amadeo parecem sólidos. Além disso, a Samsung tem antecedentes.

Na época do lançamento do Galaxy S4 , o Anandtech, outro blog especializado, descobriu que a empresa havia usado um truque parecido, aparentemente com o objetivo de inflar resultados de testes do smartphone.

A Samsung, então, respondeu que seu processador de fato podia trabalhar no modo mais veloz. Mas disse que a velocidade era reduzida ao rodar determinados jogos para evitar sobrecarga. A empresa negou que a intenção fosse trapacear nos testes.


Apesar de esses truques serem condenáveis, o episódio não tem muita importância para o consumidor, Não há muita gente que compra smartphones para rodar programas de teste. E pessoas que experimentaram o Galaxy Note 3 relatam que ele é muito rápido no uso prático (alguns diriam que é tão rápido quanto o LG G2).

Logo, não há de que reclamar sobre o desempenho do smartphone da Samsung. Amadeu observa que, mesmo sem o modo turbo, o Galaxy Note 3 ainda é ligeiramente mais veloz que o G2.

“Se a intenção por traz do modo turbo era assegurar que o Galaxy Note 3 ficaria à frente na disputa dos benchmarks, parece que nem era necessário ter feito isso”, conclui ele.

O Ars Technica também publicou um teste com o tablet Galaxy Note 10.1, anunciado junto com o Galaxy Note 3. Segundo Jason Inofuentes, que assina o artigo, o truque de enganar benchmarks também está presente nesse tablet, ainda que de forma mais limitada.

Phil Schiller, da Apple, ainda pode se vangloriar de duas coisas. Primeiro, o iPhone 5s, com processador de 64 bits (o primeiro num smartphone), tem superado os rivais em testes de desempenho. Segundo, a Apple nunca foi acusada de trapacear nesses testes.

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