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Empresas multiplicam vendas no Facebook

Rede social é usada para aproximar empresa de clientes e turbinar vendas

Azul tem uma das fan pages mais populares no Brasil: já foi curtida por mais de 118 mil pessoas (Azul)

Azul tem uma das fan pages mais populares no Brasil: já foi curtida por mais de 118 mil pessoas (Azul)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de fevereiro de 2011 às 08h32.

São Paulo - O Facebook tem sido usado para aumentar as vendas de pequenos comerciantes, artistas e grandes empresas. Para as três sócias da loja Drie, o Facebook é o canal de vendas mais importante. “Vendemos para amigos, amigos de amigos, que acompanham a coleção pelo álbum de fotos. Temos clientes que compram peças toda semana”, diz Mariana Oliveira, uma das proprietárias.

A empresa de venda de bijuterias, semijóias e roupas fica em Alphaville (SP) e não tem loja física - na fan page, juntou mais de 1500 contatos. “Quando alguém comenta sobre a peça, todos querem comprar, é incrível”, diz. Segundo Mariana, o Facebook muitas vezes funciona como um primeiro contato, pois a venda é realizada por mensageiro instantâneo (MSN), e-mail ou até pessoalmente.

Consultora da empresa de cosméticos Natura há seis meses, Elaine Arnold, de 34 anos, também usa o Facebook para incrementar suas vendas. “Comecei a usar o Facebook para divulgar as promoções de Natal e tive um bom retorno. É uma ferramenta que dá uma boa visibilidade”,conta. Elaine publica no Facebook fotos e vídeos dos produtos.“O Facebook é apenas um contato inicial, pois eu gosto de encontrar o cliente pessoalmente”, diz.

Divulgação de livro

O Facebook nunca atraiu o escritor Humberto Werneck, mas após insistentes pedidos dos amigos, ele resolveu aderir ao serviço. “Imaginei que seria um bom canal para divulgar meu livro. E devo admitir que o esquema funcionou muito bem”, diz. Em agosto, Werneck lançou o título “O Espalhador de passarinhos e outras crônicas”. Ele torce o nariz para posts que falam do cotidiano das pessoas. Prefere publicar, eventualmente, um trecho de um texto que está lendo.

“É despretensioso, mas gosto de ler o comentário, saber que outra pessoa gostou daquilo.” Com mais de 1200 contatos no Facebook, Werneck confessa que a maioria é desconhecida. “É um trampo responder aos comentários que publicam na minha página, mas o ideal é que ninguém fique sem resposta.”

Empresas

A companhia Azul Linhas Aéreas, bastante dedicada às redes sociais, elabora promoções específicas para o Facebook e compra anúncio no site. É uma das fan pages mais populares no Brasil: já foi curtida por mais de 118 mil pessoas. “As redes sociais não são apenas um penduricalho, uma ferramentinha. São uma fenômeno de importância crescente, que trabalhamos com muito foco”, diz Gianfranco Beting, diretor de comunicação e marca da Azul.

A empresa Mars, detentora da marca Pedigree, criou um aplicativo para incentivar as pessoas a adotarem cães e gatos abandonados, que foi baixado por mais de 1500 internautas. O programa compara a idade de um cão a de uma pessoa. “A ideia é chamar atenção para o problema da baixa adoção de cachorros adultos”, diz Cynthia Schoenardie, gerente de assuntos corporativos da Mars, responsável pelo programa Pedigree – Adotar é tudo de bom, que já resultou em mais de 16 mil adoções.

A campanha tem uma estratégia forte na internet, abrangendo portais, Orkut, Twitter e Facebook. Segundo Cynthia, o Facebook exige mais conteúdo que o Twitter, que é mais ágil. Mas todas essas ferramentas surtem efeito, afirma. “Recebemos contatos vindo do Facebook, que causa um ruído muito positivo para a campanha”, diz.

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