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Delegados da ONU aprovam pacto sobre clima

Países chegaram a um consenso sobre um dos pilares de um ambicioso pacto a ser assinado em 2015 em Paris

aquecimento global (sxc.hu)
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Da Redação

Publicado em 24 de novembro de 2013 às 12h30.

Países que participam da conferência do clima da Organização das Nações Unidas (ONU) em Varsóvia chegaram a um consenso sobre um dos pilares de um ambicioso pacto a ser assinado em 2015 em Paris.

O projeto é uma aposta para evitar um aquecimento global ainda mais rigoroso nos próximos anos e obrigar todos os países do mundo para a redução de emissões de gases de efeito estufa a partir da queima de carvão, petróleo e gás.

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Quase 24 horas após o fim do prazo inicial da conferência, o plenário aprovou um texto com modificações, debatido em regime de emergência. Durante a noite de sexta-feira, delegados trabalharam para chegar a um projeto de acordo sobre o caminho a ser seguido.

Mais tarde, neste sábado, no encontro de encerramento da sessão da conferência, os delegados aprovaram o projeto.

Os participantes da conferência avançaram em relação a um programa para reduzir o desmatamento em países em desenvolvimento. Por outro lado, os delegados não chegaram a um acordo sobre a criação de um mecanismo de compensação para "perdas e danos" com mudanças climáticas futuras, consideradas "inevitáveis" por países vulneráveis a catástrofes ambientais.

A demanda ganhou força após a passagem do tufão Hayian pelas Filipinas e é uma das principais bandeiras de países insulares.

As novidades também atingem a questão de financiamentos climáticos. Países ricos se comprometeram a ajudar as nações em desenvolvimento no sentido de tornar suas economias mais "verdes" e na adaptação a partir do aumento nos níveis dos oceanos, desertificação e outros impactos climáticos. Bilhões de dólares já foram distribuídos para financiamentos climáticos nos últimos anos.

Disputas envolvendo a ajuda sobre o clima para países pobres ofuscaram a conferência na Polônia e marcaram os debates, que duraram duas semanas. Países desenvolvidos e em desenvolvimento entraram em conflito desde o início das negociações, em 11 de novembro, para estabelecer as bases para o novo pacto.

Os participantes da conferência em Varsóvia, porém, consideram que todos devem aderir às decisões tomadas.

Um dos observadores do diálogo, Alden Meyer, da Union of Concerned Scientists, chegou a afirmar que "as conversas estavam à beira de um colapso".

Em discussões sobre compromissos futuros para reduzir as emissões de carbono, China e Índia insistiram em um texto que manteria um "muro" entre países ricos e pobres sobre os compromissos para redução nas emissões de gases - algo que Estados Unidos e outros países de economia avançada querem se livrar.

"Todo o exercício não tem como objetivo criar um novo regime climático", afirmou o negociador chinês Su Wei durante uma das sessões. A delegação da China aponta que históricos de emissões de gases não estão sendo levados em conta.

"Apenas países desenvolvidos deveriam ter compromissos", afirmou Wei. Ele destacou ainda que economias emergentes precisam meramente "aprimorar ações".

O enviado norte-americano Todd Stern questionou se a declaração chinesa representava que o país não estava pronto para levar adiante os compromissos do novo acordo. "Espero estar errado sobre o que ouvi, mas certamente seria frustrante dar um passo atrás em vez de avançar para Paris", destacou.

Nações ocidentais insistem que as economias emergentes devem fazer a sua parte, principalmente ao considerar que a China é, atualmente, a nação com maior índice de emissão de dióxido de carbono (CO2), com a Índia em quarto lugar, atrás de Estados Unidos e países europeus.

Essa é uma questão fundamental que tem "atormentado" o processo de negociações climáticas da ONU desde sua concepção, há 18 anos. Nações emergentes, com grande parte de seu desenvolvimento apoiada na queima de combustíveis fósseis, apontam o longo histórico de emissões de gases por países do Ocidente como uma das razões para os perigos que o planeta corre atualmente.

Representantes de nações emergentes insistem que os países mais ricos têm uma responsabilidade maior no processo para resolver o problema.

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