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Photoshop e outros produtos da Adobe viram serviço na nuvem

A Adobe vai deixar de vender o Photoshop e outros produtos da forma convencional. Eles serão oferecidos apenas por meio de assinaturas

Fotógrafo edita imagens no Photoshop: novidades mais aguardadas devem ser lançadas apenas nos programas da Creative Cloud, que funcionam por meio de assinaturas (Reprodução)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de maio de 2013 às 12h14.

São Paulo - Após quase dez anos nos computadores, a Creative Suite da Adobe está de mudança. A empresa anunciou nesta semana que, a partir desse ano, passará a investir em atualizações dos programas da suíte apenas na mais recente Creative Cloud – ou seja, nada de CS7, CS8 ou coisa parecida nos próximos anos.

A última versão do pacote de programas para desktop, que inclui o Photoshop, o Illustrator, o InDesign, o Premiere, entre muitos outros, continuará recebendo atualizações. No entanto, serão apenas as menores, como as de segurança e correções de bugs.

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As novidades mais aguardadas devem ser lançadas apenas nos programas da Creative Cloud, que funcionam por meio de assinaturas. E, apesar do nome, eles não estão baseados inteiramente na nuvem.

Os aplicativos são, na verdade, baixados para ser utilizados no Windows ou no Mac. Ao acessar o site da Adobe, você faz o login com a ID e senha cadastrados, abre a Creative Cloud e escolhe o programa que quer usar. Ele será então baixado e instalado no computador, se conectando à internet apenas mensalmente para conferir se sua assinatura está devidamente paga – algo que os programas da Creative Suite também fazem, mas para checar a licença.

Em relação às assinaturas e licenças, vale mencionar que não será mais possível comprar os programas. Será necessário “alugá-los”: a mensalidade para a suíte completa é de US$ 50, e tem prazo mínimo de um ano (ou 75 dólares por apenas um mês).

Ou seja, para acessar o pacote completo por doze meses, você desembolsará 600 dólares (1.200 reais, aproximadamente) – bem menos que os 5.055 dólares da Creative Suite 6 Master Collection. E o sistema ainda permite “alugar” apenas um dos programas do pacote por US$ 20 mensais, sem o compromisso anual.


Aliás, até o dia 31 de julho, quem já tem a CS3, 4, 5 ou 5.5 ganha desconto no primeiro ano, pagando US$ 30 por mês. Enquanto isso, donos da CS6 têm o benefício aumentado, pagando US$ 20 pelo mesmo período.

A novidade no sistema tem seus lados positivos e negativos. Quem utiliza a suíte completa profissionalmente terá acesso às atualizações assim que elas saírem – e o processo deve ser mais rápido, agora que a Adobe não precisa mais “esconder o ouro” para a próxima versão da Creative Suite. Além disso, caso não haja mudança no preço, serão necessários quase dez anos de assinatura para chegar ao custo da licença da CS mais completa.

Para a Adobe, também há um certo avanço no combate à pirataria. O sistema de assinaturas pode dificultar a vida de quem utiliza as versões não-oficiais dos programas, o que representa uma perda menor de dinheiro para a empresa.

As desvantagens – que geraram muitas reclamações dos usuários – estão nos casos em que apenas um ou dois programas do pacote são usados, pois os preços deixam de ser tão convidativos. As atualizações obrigatórias também não agradaram usuários que preferem atualizar os programas quando quiserm, e não quando a atualização sair.

assinarem a Creative Cloud, mesmo que posterguem a mudança, terão que continuar pagando para usar a suíte. Isso sem mencionar o sistema de assinaturas, que pode prejudicar principalmente os usuários “comuns”, que têm um programa para uso eventual. Nessas situações, muitos preferem comprar uma licença para ter disponível indefinidamente em vez de ter que assinar e pagar por um serviço que será pouco usado.

No site da Adobe, ainda é possível adquirir as licenças dos programas da Creative Suite. No entanto, mesmo com as reclamações dos usuários, elas devem ser tiradas do ar em breve, dando lugar de vez à Creative Cloud.

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