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Conselheiro da Motorola compara empresa a 'Apple em 1998'

São Paulo - Durante o lançamento do Moto X em São Paulo, Guy Kawasaki atendeu pacientemente uma fila de pessoas que pediam para tirar fotos ao lado dele. Apesar de...

Guy Kawasaki (Wikimedia Commons)
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Da Redação

Publicado em 18 de setembro de 2013 às 09h15.

São Paulo - Durante o lançamento do Moto X em São Paulo, Guy Kawasaki atendeu pacientemente uma fila de pessoas que pediam para tirar fotos ao lado dele. Apesar de não ser nenhuma celebridade de Hollywood, o currículo do americano nascido no arquipélago do Hawaí é estelar: empreendedor e investidor de capitais de risco, ele trabalhou para a Apple na década de 1990 e hoje é um dos conselheiros da Motorola Mobility.

Consultor de empresas de tecnologia no Vale do Silício, Kawasaki já escreveu 12 livros, como a obra Encantamento - A Arte De Modificar Corações, Mentes e Ações, que traz algumas lições sobre como alguém pode se tornar "encantador" e desenvolver produtos e ideias capazes de atrair a atenção de muitas pessoas.

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Em entrevista a INFO, o executivo de 59 anos conversou sobre o futuro da mobilidade e do empreendorismo, além de demonstrar confiança com o "renascimento" da fabricante de smartphones. "Para a Motorola, o Moto X terá o mesmo impacto que o iMac G3 teve para  a Apple." Confira a entrevista a seguir:

Quais são as semelhanças entre a Motorola e a Apple? A primeira coisa seria a qualidade do time de engenharia das duas empresas. Cada uma delas é pioneira, uma em celulares e a outra em computadores, e, durante os anos em que estive na Apple, aprendi que você só obterá sucesso se desenvolver bons produtos.  Vejo que a Motorola em 2013 é a Apple em 1998.

Por quê? Porque foi em 1998 que a Apple se transformou. Para a Motorola, o Moto X terá o mesmo impacto que o iMac G3 teve para  a Apple.

Então esse é um novo começo para a Motorola? Com certeza! O Moto X é o primeiro celular da Motorola que sofreu o processo de “googlelização”. Então, a história começa agora!

Qual é o futuro da mobilidade? Acredito que essa será uma tecnologia presente em todos os lugares, com cada vez mais funcionalidades. E esse é um dos motivos que levaram o Google a comprar a Motorola, a empresa planeja realmente mudar o mercado mundial de mobilidade.

E também devemos lembrar da computação vestível, não? Com certeza! Ela terá um grande impacto em nossas vidas. Eu, por exemplo, adoraria ter um aplicativo de reconhecimento facial no Google Glass, porque eu sou péssimo em lembrar rostos e nomes. (risos)

Eu também tenho esse problema... Mas você é jovem !  Eu posso dizer, pelo menos, que é por causa da idade! (risos)

No Brasil, convivemos com redes lentas. Como isso pode afetar o desenvolvimento das tecnologias móveis? Acredito que isso é algo reparável. E posso te afirmar que há muitos outros lugares do mundo onde a conexão também apresenta uma série de falhas.  A infraestrutura será desenvolvida, então esse não é um grande problema, talvez uma questão temporária a ser resolvida.

Você acredita que a tecnologia pode salvar o mundo? Eu não tenho certeza se irá salvar o mundo, mas a tecnologia certamente democratizará a informação. O mundo é um lugar muito interessante e percebo como a informação é algo poderoso e agora temos ferramentas para espalhá-la.  Mas, certamente, o Vale do Silício não tem o monopólio da inovação.

No Brasil temos um ecossistema de empreendedorismo em desenvolvimento... Vocês têm uma população de 200 milhões de habitantes, certo? É muita gente! Mas a questão-chave para o desenvolvimento da inovação é contar com ótimas escolas de engenharia.

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