Conheça as 10 empresas de tecnologia mais inteligentes de 2015, segundo o MIT
O Massachusetts Institute of Technology (ou MIT) divulgou nesta semana seu ranking anual com as empresas mais inteligentes do ano
Da Redação
Publicado em 26 de junho de 2015 às 17h55.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h42.
O Massachusetts Institute of Technology (ou MIT) divulgou nesta semana seu ranking anual com as empresas mais inteligentes do ano. E surpresa: Google, Apple, Facebook e Microsoft nem aparecem entre as dez primeiras colocações. As quatro gigantes do ramo da tecnologia ocupam a 12ª, a 16ª, a 29ª e a 48ª posições na lista, respectivamente. Isso mostra que, ao menos na visão de uma das mais importantes instituições do ramo, há outras companhias - inclusive três chinesas - mais inovadoras do que elas. Veja quem são as dez mais:
O primeiro lugar do ranking fica com uma marca até que bem conhecida. A montadora Tesla Motors, de Elon Musk, fica com o posto graças ao plano de levar uma linha de baterias, similar às dos automóveis, para dentro de casa. O anúncio foi feito pelo próprio Musk em maio deste ano, e as "pilhas residenciais" Powerwall custarão 3 500 dólares. Elas capturam e armazenam até 10 kWh de energia vinda de painéis solares ou turbinas eólicas, e a ideia é que utilizem essa reserva em horários de pico de demanda. É claro que a eletricidade tem outros usos, como em apagões, mas o plano é que as baterias sejam especialmente úteis quando o sistema atual usado nos EUA tiver mais dificuldades para suprir todas as residências. Uma versão maior das Powerwalls, batizada de Powerpack, poderá ser útil em fábricas e armazena até 100 kWh.
Gigante na China e agora se expandindo para o resto do mundo, a empresa que tem o ex-Googler Hugo Barra entre os chefes garante a vice-liderança não só pelos avanços tecnológicos de seus smartphones. Segundo o MIT, a empresa está "amadurecendo e indo além do modelo original de cortar o preço Apple com ideias como vendas-relâmpago realizadas em sua plataforma móvel de mensagens". As medidas têm dado resultado - em especial no país-natal da empresa e na Índia -, e a marca vale hoje 45 bilhões de dólares. Na foto ao lado, aliás, está o CEO Lei Lun.
Da área de biotecnologia, a Illumina é atualmente a responsável por máquinas que geram 90% dos dados de DNA. A empresa é especializada no sequenciamento de genomas, e durante 2014 fez mais de 200 mil deles. Mas por que ela ocupa a terceira posição? Basicamente por ter começado a aplicar sua tecnologia em hospitais e clínicas de tratamento contra o câncer, em vez de deixá-la limitada a centros de pesquisa.
A empresa de Jack Ma (ao lado) superou a Amazon e todas as outras concorrentes do comércio eletrônico e se tornou a maior do ramo no mundo todo. Hoje, os clientes realizam metade das transações através de sistema de pagamento do próprio Alibaba, o Alipay, e é justamente por isso - e pela abertura de capital muito bem sucedida - que a marca pega a quarta posição.
Outra de biotecnologia, a Counsyl fazia sequenciamentos de DNA para que futuros pais pudessem planejar o futuro. Em 2014, porém, começou a disponibilizar testes genéticos para que os clientes descobrissem as chances de ter câncer. Ainda assim, é o "produto" original o de maior importância para a empresa hoje, visto que 3,6% dos casais norte-americanos contratam o serviço antes de tentar ter um filho, de acordo com o MIT.
Fundada ao fim da década de 50, a SunEdison, como o nome dá a entender, é especializada em energia solar. No último ano, a empresa começou a expandir com mais força a venda de produtos como painéis e módulos, focando especialmente em países em desenvolvimento - ela está inclusive presente no Brasil, vale dizer. O mercado é grande (são mais de 1 bilhão de potenciais clientes), e explorar fontes renováveis de eletricidade é cada vez mais importante, o que mostra que empresa fez muito bem em expandir.
Mais uma chinesa, a Tencent já é o maior portal na China, que é só o país com a maior população mundial. Mas não é o suficiente: como ressaltou o MIT, a ideia da marca é expandir, comprando empresas de dentro e de fora do país. Ao menos no ramo de mensagens, o processo tem dado resultado: o WeChat angariou mais de 500 milhões de usuários ativos, embora a maior parte ainda pareça estar na terra natal da companhia. De qualquer forma, são os planos que colocam a Tencent na sétima colocação. Na foto, Hou Xiaonan (gerente geral da Tencent Open Platform), Lu Wei (secretário geral da sociedade da internet na China), Ren Yuxin (COO da Tencent) e Lin Songtao (VP do grupo de negócios mobile da Tencent).
Os destaques do ranking do MIT neste ano foram as empresas de biotecnologia, e a Juno Therapeutics é a terceira a figurar entre as 10 primeiras colocadas. A startup levantou mais de 300 milhões de dólares em investimentos só entre sua criação, em novembro de 2013, e maio de 2014. Por quê? Basicamente por sua proposta, que envolve reformular geneticamente os glóbulos brancos de um paciente para que eles combatam as células cancerígenas de um tumor. Os testes já acontecem há meses, e em abril deste ano apresentavam resultados otimistas no tratamento de crianças com leucemia.
A fabricante de painéis solares planeja construir a maior fábrica de aparelhos do tipo em todo o ocidente - e com a ajuda dela, ampliar o leque de 177 mil clientes que possui hoje. O gênio Elon Musk é o principal acionista da empresa, e só neste ano a marca recebeu 300 milhões de dólares do Google como parte de um investimento para estimular a adoção de fontes de energia renovável nos EUA. E não foi a primeira vez que a companhia responsável pelo Android colocou dinheiro na marca: em 2011, foram outros 280 milhões de dólares. Como grande diferencial, a SolarCity tem seu plano de oferecer painéis solares para alugar. Pela ideia, a empresa cobre os custos de compra e instalação dos produtos, e os clientes só pagam pelo serviço quando estiverem usando.
Mais conhecida fora dos EUA, a Netflix garantiu o lugar no top 10 por investir fortemente na produção de conteúdo original. Entre as séries próprias, já temos Demolidor, House of Cards e Orange is the New Black, por exemplo, que colocaram a empresa em pé de igualdade com outros grandes estúdios e emissoras - inclusive em indicações no Emmy. Só em 2014, foram 31 delas, o que coloca a empresa na frente da AMC (de The Walking Dead e Mad Men) e do FX (de Fargo e American Horror Story). Ainda falta chão para superar a HBO, que teve 99 indicações no mesmo ano, mas a marca está no caminho.
Depois de ocupar a terceira posição do mesmo ranking em 2014, o Google "perdeu gás", mas ainda conseguiu a 12ª colocação neste ano graças ao projeto Loon, de balões que levam internet ao mundo. A Apple, por sua vez, só tem o que comemorar, já que ocupa o 16º lugar de uma lista da qual ficou de fora no ano passado. Os motivos? Watch e Apple Pay. O mesmo vale para o Facebook (29º) e para a Microsoft (48º). A rede social ganhou o posto graças às melhorias que fez nos apps e aos acordos fechados com grandes editoras. Já a desenvolvedora do Windows pegou a vaga graças aos HoloLens.