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Brasileiro fundador do Facebook pode ser banido dos EUA

Senadores americanos reagem à informação de que Eduardo Saverin teria renunciado à cidadania americana para fugir de impostos

Os senadores Charles Schumer e Bob Casey querem criar uma lei que obrigue pessoas que renunciam à cidadania americana a pagar impostos, como é o caso de Saverin (Creative Commons)

Os senadores Charles Schumer e Bob Casey querem criar uma lei que obrigue pessoas que renunciam à cidadania americana a pagar impostos, como é o caso de Saverin (Creative Commons)

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Da Redação

Publicado em 17 de maio de 2012 às 15h42.

O brasileiro e cofundador do Facebook Eduardo Saverin pode perder o direito de entrar nos Estados Unidos após renunciar à cidadania americana. A discussão sobre o banimento do brasileiro está em discussão no Senado dos Estados Unidos e foi provocada pelos boatos de que Saverin renunciara à condição de cidadão americano para evitar o pagamento de 67 milhões de dólares em impostos proveniente da venda de ações a ser feita com a provável entrada do Facebook na bolsa de valores, nesta sexta-feira. Estima-se que Saverin detenha cerca de 4% de participação na empresa.

A história teve início nesta semana, quando foi revelado o pedido de renúncia da cidadania feito pelo brasileiro. Imediatamente, circulou a versão de que se tratava da estratégia para fugir dos impostos. Saverin vive em Cingapura desde 2009, onde não paga impostos sobre ganhos de capital.

Os senadores Charles Schumer e Bob Casey, então, declararam guerra. Afirmaram que é preciso criar uma lei que obrigue pessoas que renunciam à cidadania americana a pagar impostos como os demais cidadãos. Eles também são a favor de proibir "pessoas como Saverin" de voltar ao país.

Em entrevista ao jornal The New York Times, o brasileiro desmentiu as especulações e disse ser um cidadão do mundo. "Nasci no Brasil e fui um americano por dez anos. Eu me vejo como um cidadão global", disse.

Ele disse ainda que pagou 15% de impostos sob sua fortuna ao deixar os Estados Unidos. E acrescentou que o pedido de renúncia à cidadania foi feito em setembro de 2011, mas que o governo só anunciou a decisão agora, às vésperas do IPO do Facebook.

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