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Brasil tem queda na base de telefonia móvel pela 1ª vez

Segundo os dados referentes ao mês de setembro, a base total encolheu 173,6 mil linhas no período

Homem ao celular: maior parte dessa queda foi o recuo de 463,3 mil conexões na Vivo, que basicamente perdeu quase todas as linhas que havia ganhado entre julho e agosto (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2013 às 09h25.

São Paulo - Pela primeira vez desde o começo das medições da Anatel , a telefonia móvel no Brasil perdeu acessos. Segundo os dados divulgados nesta quarta-feira, 6, referentes ao mês de setembro, a base total encolheu 173,6 mil linhas no período, totalizando 268,2 milhões de acessos. A queda de 0,06% em relação a agosto desvia completamente da tendência de crescimento nos dois meses anteriores, quando a base chegou a crescer 1,4 milhão de linhas.

A maior parte dessa queda foi o recuo de 463,3 mil conexões na Vivo, que basicamente perdeu quase todas as linhas que havia ganhado entre julho e agosto, possivelmente em função de ajustes na base e corte de assinantes inativos. A Oi e a TIM perderam 35,5 mil e 31,7 mil acessos respectivamente. A única das quatro grandes operadoras a aumentar a base total foi a Claro, com 321,2 mil novas linhas. Ainda assim, o crescimento de 0,48% foi inferior ao registrado no mês anterior (0,65%).

Considerando todas as tecnologias, a líder do setor móvel continua a Vivo, com 28,56%, seguida pela TIM (com 27,17%), Claro (25,14%) e Oi (18,64%).

3G não compensou o 2G

O recuo da base de usuários móveis no Brasil se deu basicamente por conta de uma queda mais acentuada (1,86%) na base de 2G, seguindo a tendência de mercado dos últimos meses; mas que não foi compensada pelo 3G, que registrou crescimento menor (3,67%) do que no mês anterior (5,68%). Desta forma, o País fechou setembro com menos 3,2 milhões de acessos de segunda geração e 2,8 milhões de conexões 3G a mais. Foi a primeira vez também que o aumento das linhas WCDMA não conseguiu compensar a perda na base do GSM.

Quem mais perdeu base no 2G foi a Vivo, com recuo de 2,08% ou 1,1 milhão a menos de linhas, 0,48 ponto percentual a mais do que em agosto. A queda na Claro (2,74%), TIM (1,42%) e Oi (1,42%) seguiu a tendência que as teles já haviam apresentado nos últimos meses. No total do ano, o País já perdeu 23,9 milhões de conexões 2G.


Quem adicionou mais linhas via handset 3G foi a Claro, com 1,1 milhão a mais em setembro. As três demais tiveram desempenho abaixo do registrado em agosto: a TIM cresceu 672,8 mil adições (contra 815 mil antes), enquanto a Vivo aumentou 522 mil (frente a 1,2 milhão) e a Oi 519,9 mil (contra 906,1 mil). Em 2013, o aumento foi de 28,2 milhões de acessos 3G no total.

Queda e crescimento morno

Nas demais categorias, o mercado seguiu a tendência de antes: queda de 6,1 mil linhas no mercado de dados 3G (conexões de modems e de tablets) e crescimento arrefecido no mercado de máquina-a-máquina (M2M), com 75 mil novos acessos (contra 84,8 mil em agosto), e no 4G. Por sinal, contrário ao crescimento exponencial dos meses anteriores, o LTE caminhou bem mais devagar no Brasil em setembro, crescendo 38,64% – contra 54,98% no período anterior.

Análise

Obviamente, o crescimento não poderia durar para sempre. Os sinais de arrefecimento do mercado já haviam sido mostrados entre maio e junho, quando a base ficou praticamente estável, com aumento de 0,08%. De qualquer forma, a estagnação poderia ser considerada como indicativo de amadurecimento do setor, já que a teledensidade divulgada pela Anatel é de 135,28 acessos para cada cem habitantes, mas é importante lembrar que muitos usuários possuem mais de um SIMcard, o que torna essa proporção artificial. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada em setembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), afirmava que, em 2012, ainda havia 74,2 milhões de brasileiros sem telefones celulares, embora o número inclua crianças com menos de dez anos.

As operadoras também têm critérios diferentes de cancelamento de base, e no período de final do ano em geral elas intensificam o corte de inativos para evitar inchaços artificiais no número de usuários em dezembro, data-base para o cálculo do Fistel, tributo que é pago em março e que incide sobre todas as linhas ativas até o final do ano anterior.

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São Paulo - Pela primeira vez desde o começo das medições da Anatel , a telefonia móvel no Brasil perdeu acessos. Segundo os dados divulgados nesta quarta-feira, 6, referentes ao mês de setembro, a base total encolheu 173,6 mil linhas no período, totalizando 268,2 milhões de acessos. A queda de 0,06% em relação a agosto desvia completamente da tendência de crescimento nos dois meses anteriores, quando a base chegou a crescer 1,4 milhão de linhas.

A maior parte dessa queda foi o recuo de 463,3 mil conexões na Vivo, que basicamente perdeu quase todas as linhas que havia ganhado entre julho e agosto, possivelmente em função de ajustes na base e corte de assinantes inativos. A Oi e a TIM perderam 35,5 mil e 31,7 mil acessos respectivamente. A única das quatro grandes operadoras a aumentar a base total foi a Claro, com 321,2 mil novas linhas. Ainda assim, o crescimento de 0,48% foi inferior ao registrado no mês anterior (0,65%).

Considerando todas as tecnologias, a líder do setor móvel continua a Vivo, com 28,56%, seguida pela TIM (com 27,17%), Claro (25,14%) e Oi (18,64%).

3G não compensou o 2G

O recuo da base de usuários móveis no Brasil se deu basicamente por conta de uma queda mais acentuada (1,86%) na base de 2G, seguindo a tendência de mercado dos últimos meses; mas que não foi compensada pelo 3G, que registrou crescimento menor (3,67%) do que no mês anterior (5,68%). Desta forma, o País fechou setembro com menos 3,2 milhões de acessos de segunda geração e 2,8 milhões de conexões 3G a mais. Foi a primeira vez também que o aumento das linhas WCDMA não conseguiu compensar a perda na base do GSM.

Quem mais perdeu base no 2G foi a Vivo, com recuo de 2,08% ou 1,1 milhão a menos de linhas, 0,48 ponto percentual a mais do que em agosto. A queda na Claro (2,74%), TIM (1,42%) e Oi (1,42%) seguiu a tendência que as teles já haviam apresentado nos últimos meses. No total do ano, o País já perdeu 23,9 milhões de conexões 2G.


Quem adicionou mais linhas via handset 3G foi a Claro, com 1,1 milhão a mais em setembro. As três demais tiveram desempenho abaixo do registrado em agosto: a TIM cresceu 672,8 mil adições (contra 815 mil antes), enquanto a Vivo aumentou 522 mil (frente a 1,2 milhão) e a Oi 519,9 mil (contra 906,1 mil). Em 2013, o aumento foi de 28,2 milhões de acessos 3G no total.

Queda e crescimento morno

Nas demais categorias, o mercado seguiu a tendência de antes: queda de 6,1 mil linhas no mercado de dados 3G (conexões de modems e de tablets) e crescimento arrefecido no mercado de máquina-a-máquina (M2M), com 75 mil novos acessos (contra 84,8 mil em agosto), e no 4G. Por sinal, contrário ao crescimento exponencial dos meses anteriores, o LTE caminhou bem mais devagar no Brasil em setembro, crescendo 38,64% – contra 54,98% no período anterior.

Análise

Obviamente, o crescimento não poderia durar para sempre. Os sinais de arrefecimento do mercado já haviam sido mostrados entre maio e junho, quando a base ficou praticamente estável, com aumento de 0,08%. De qualquer forma, a estagnação poderia ser considerada como indicativo de amadurecimento do setor, já que a teledensidade divulgada pela Anatel é de 135,28 acessos para cada cem habitantes, mas é importante lembrar que muitos usuários possuem mais de um SIMcard, o que torna essa proporção artificial. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada em setembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), afirmava que, em 2012, ainda havia 74,2 milhões de brasileiros sem telefones celulares, embora o número inclua crianças com menos de dez anos.

As operadoras também têm critérios diferentes de cancelamento de base, e no período de final do ano em geral elas intensificam o corte de inativos para evitar inchaços artificiais no número de usuários em dezembro, data-base para o cálculo do Fistel, tributo que é pago em março e que incide sobre todas as linhas ativas até o final do ano anterior.

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