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Brasil atrai grandes operadores e fabricantes de satélites

Presidente do 14º Congresso Latino-Americano de Satélites observou que, no Brasil, tal como ocorre em todo o mundo, é crescente uso de satélites para televisão

Satélite: tecnologia UHDTV 4K contém quatro vezes mais pontos na tela do que padrão Full HD (Boeing / Divulgação)
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Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2014 às 20h18.

Rio de Janeiro - O Brasil é, hoje, alvo da atenção dos grandes operadores e fabricantes internacionais de equipamentos , tanto satélites como equipamentos de terra, além de fornecedores de serviços de todos os tipos, disse à Agência Brasil o presidente do 14º Congresso Latino-Americano de Satélites - aberto nesta quinta-feira (4), no Rio de Janeiro -, Rubens Glasberg.

Ele destacou que os investimentos na área de satélites são de longo prazo.

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“Não são investimentos para um ou dois anos. Um satélite dura 15 anos. Para projetar e construir, leva cinco [anos]. Então, é um negócio de 15 anos.”

Segundo Glasberg, o investidor da área de satélite não pensa o Brasil em termos conjunturais, considerando a atual redução do crescimento econômico, mas projeta o Brasil para a frente, e vê muitas oportunidades.

Amanhã (5), o vice-presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Jarbas Valente, fará, pela manhã, um balanço da licitação de satélite feita neste ano, que conferiu direito de exploração de satélite brasileiro para transporte de sinais de telecomunicação, além de abordar a nova configuração do mercado e como ficarão as licitações no futuro.

Rubens Glasberg observou que no Brasil, tal como ocorre em todo o mundo, é crescente o uso de satélites para televisão.

“Você tem a alta definição, que exige cada vez mais bandas de satélite. Logo mais você vai ter a ultra-alta definição 4K, que vai exigir mais banda ainda; tem o crescimento do acesso à banda larga, e você só consegue chegar a regiões remotas via satélite”, acrescentou.

A tecnologia ultra high definition (UHDTV) 4K, usada em televisão e cinema digital, contém quatro vezes mais pontos na tela do que o padrão Full HD, mais recente.

Glasberg lembrou outras aplicações para os satélites, tanto militares, de governo, como sociais, e salientou o desenvolvimento, em curso, de um satélite geoestacionário de comunicação e defesa, em parceria do Brasil com outros países.

O Satélite Brasileiro de Defesa e Comunicação, segundo ele, deverá estar pronto em 2016.

Ele manifestou expectativa positiva em relação ao congreesso, porque o evento retrata, na sua opinião, o crescimento que esse setor vem tendo no Brasil.

"Mesmo que atravesse momentos conjunturalmente adversos, no longo prazo, há oportunidades enormes para um país de dimensões continentais como o Brasil”, apostou.

O congresso reúne representantes das principais operadoras do mercado brasileiro e latino-americano de comunicações via satélite para falar sobre estratégias, oportunidades e futuros lançamentos.

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