Carro autônomo: a maioria não crê que os carros autônomos chegarão às ruas nas próximas duas décadas (David Paul Morris/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 3 de outubro de 2017 às 16h31.
Nova York - Os moradores dos EUA estão “polarizados” em relação à adoção de carros sem motoristas, segundo uma pesquisa da seguradora American International Group.
As 1.000 pessoas entrevistadas se mostraram quase igualmente divididas quanto à possibilidade de compartilhar a rua com veículos autônomos.
Quarenta e dois por cento mostraram concordar de forma geral, enquanto 41 por cento afirmaram ter suas reservas em relação à tecnologia, anunciou a AIG, em comunicado, na terça-feira. Uma fatia de 39 por cento disse pensar que esses veículos rodariam com mais segurança do que com o motorista médio.
Três quartos dos entrevistados dizem acreditar na ameaça de os hackers assumirem o controle dos veículos autônomos. Contudo, a maioria não crê que os carros autônomos chegarão às ruas nas próximas duas décadas.
O setor de seguros tenta descobrir a melhor forma de lidar com os veículos autônomos e com os riscos representados pela tecnologia.
O Morgan Stanley afirmou em relatório, em janeiro, que o negócio de seguro automotivo pode mudar significativamente até 2040 e que muitas empresas perderão mercado se não encontrarem formas de se adaptar.
“O risco não desaparece -- ele passa dos humanos para as máquinas”, disse Lex Baugh, presidente de responsabilidade e linhas financeiras da AIG, no comunicado.
Trinta e cinco por cento dos entrevistados afirmaram que os recursos automatizados podem ajudar a reduzir os prêmios de seguro.
Os entrevistados disseram pensar que, dependendo das circunstâncias, a responsabilidade pelos acidentes poderia recair sobre as fabricantes dos veículos, sobre a provedora dos softwares ou sobre o motorista.
Ainda assim, as mudanças podem vir devagar. Um estudo da consultoria AlixPartners, no mês passado, concluiu que a maioria dos consumidores dos EUA provavelmente não consideraria a possibilidade de comprar um automóvel autônomo quando estes chegassem ao mercado.