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Ataques de drones americanos criam precedente perigoso

Relatório afirma que ataques americanos com drones contra extremistas criam precedente perigoso, que pode provocar conflitos


	Drone americano: ataques podem ser imitados por outros países
 (AFP/USAF/James Lee Harper Jr.)

Drone americano: ataques podem ser imitados por outros países (AFP/USAF/James Lee Harper Jr.)

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Da Redação

Publicado em 26 de junho de 2014 às 09h30.

Washington - Os ataques americanos com drones (aviões teleguiados) contra extremistas criam um "precedente perigoso", que pode ser imitado por outros países e provocar conflitos, afirma um relatório divulgado nesta quinta-feira.

As aeronaves controladas à distância são uma ferramenta útil e "estão aqui para ficar", reconhecem os autores do relatório do Stimson Center, um centro de reflexão em Washington

Mas o presidente americano Barack Obama deve acabar com o sigilo sobre os ataques, endurecer as normas para o uso dos drones e verificar sua utilidade, destaca o documento.

"O crescente recurso a drones armados poderia nos levar um cenário escorregadio, guerras contínuas ou mais importantes", insistem os autores, entre eles o ex-general John Abizaid, ex-comandante das forças americanas no Oriente Médio.

Os ataques de drones fora do campo de batalha podem ser imitados por outros países e alimentar a instabilidade em várias regiões, destaca o documento, antes de advertir que "alguns países não seriam tão escrupulosos" como Estados Unidos em seu uso.

Em maio, o presidente americano prometeu acabar com parte do sigilo sobre os ataques de drones, ao afirmar que uma operação "não deveria criar mais inimigos que os que eliminamos no campo de batalha".

Mas, apesar da redução dos ataques no Iêmen e Paquistão desde 2010, o sigilo a respeito das ações não mudou, o que provocou críticas a Obama.

O relatório do Stimson Center pede ao governo Obama que adote uma posição mais transparente sobre o reconhecimento dos ataques. Atualmente, as autoridades americanas se limitam a reconhecer a existência dos ataques e não revelam os alvos ou se havia civis entre as vítimas.

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