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AstraZeneca admite efeito colateral raro da vacina contra covid-19

Empresa é alvo de uma ação coletiva na Inglaterra

Imunizante foi aplicado a 153 milhões de brasileiros (Eduardo Frazão/Exame)

Publicado em 30 de abril de 2024 às 09h18.

Última atualização em 29 de maio de 2024 às 15h58.

Pela primeira vez, a farmacêutica AstraZeneca admitiu à Justiça que sua vacina contra a Covid-19 pode acarretar um 'efeito colateral raro'. De acordo com o jornal The Telegraph, a empresa é alvo de uma ação coletiva em que 51 famílias pedem uma indenização equivalente a até aproximadamente 700 milhões de reais.

O processo foi movido por pessoas que desenvolveram trombose após serem vacinadas na Inglaterra. Afarmacêutica reconheceu que a vacina 'pode, em casos muito raros, causar síndrome de trombose com trombocitopenia (TTS)', condição caracterizada pela formação de coágulosque aumentam os riscos de entupimento de vasos sanguíneos.

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'O mecanismo causal não é conhecido', afirmou a empresa. 'Além disso, a TTS também pode ocorrer na ausência da vacina AZ (ou de qualquer vacina). A causalidade em qualquer caso individual será matéria para prova pericial', declarou, em uma carta enviada no ano passado ao advogado de um dos requerentes.

AstraZeneca no Brasil

No Brasil, a vacina foi aplicada em cerca de 153 milhões de pessoas.

'Os eventos adversos, inerentes a qualquer medicamento ou imunizante, são raros e ocorrem, em média, um a cada 100 mil doses aplicadas, apresentando risco significantemente inferior ao de complicações causadas pela infecção da Covid-19', informou o Ministério da Saúde em comunicado emitido em 2023.

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