Acionistas da Apple rejeitaram uma solicitação apoiada por funcionários para um relatório de transparência sobre inteligência artificial, que teria investigado se a empresa está usando a tecnologia de forma ética.

A proposta, levada para discussão pelo AFL-CIO (o maior sindicato do país) foi rejeitada na reunião anual da Apple na quarta-feira. Os acionistas também rejeitaram medidas sobre políticas de igualdade de emprego, liberdades civis, diferenças salariais raciais e de gênero e direitos humanos. Eles aprovaram a chapa da diretoria e o plano de remuneração dos executivos da empresa.

Segundo a Bloomberg, a proposta sobre a IA solicitou que a Apple divulgasse as diretrizes éticas que segue ao adotar a tecnologia. "A inteligência artificial levanta uma série de questões de política social", de acordo com a declaração de apoio da medida. Isso inclui se ela pode resultar em decisões tendenciosas contra funcionários ou violar a privacidade dos clientes. A declaração também alertou sobre a ameaça de demissões decorrentes da automação.

O AFL-CIO também está pressionando outras empresas de tecnologia e mídia sobre a questão, incluindo Walt Disney, Netflix e Warner Bros. Discovery.

Apple pouco transparente sobre IA

A Apple tem sido menos aberta do que outras empresas de tecnologia sobre seus planos para IA generativa. A companhia de Cupertino prometeu discutir suas diretrizes ainda este ano. A apresentação pode ocorrer já em junho, quando a empresa realiza sua conferência anual de desenvolvedores.

Durante a reunião de acionistas, o CEO Tim Cook prometeu que a Apple "abriria novos caminhos" em IA este ano. "Acreditamos que ela abrirá oportunidades transformadoras para nossos usuários, ajudando a torná-los mais produtivos", disse ele.

Ele também elogiou os recursos de aprendizado de máquina no novo headset Vision Pro, dizendo que o dispositivo exigiu "décadas de inovação". O produto vem recebendo críticas pelo preço e já enfrenta uma onda de devoluções.