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Apple é acusada de usar mão de obra irregular para montar iPhone

Jornal Financial Times acusa Apple e Foxconn de ter usado mão de obra irregular de estudantes para montar iPhone X de mil dólares

iPhone X: Apple pode ter usado mão de obra irregular para montar smartphone (YouTube/SquareTrade/Reprodução)

Victor Caputo

Publicado em 21 de novembro de 2017 às 13h13.

Última atualização em 21 de novembro de 2017 às 13h18.

São Paulo – A Apple está sendo acusada de usar estudantes em hora extra ilegal para a montagem do iPhone X . A informação foi obtida pelo jornal Financial Times por meio de entrevistas com seis desses estudantes.

A Foxconn , dona da fábrica, e a Apple afirmaram ao jornal saberem de casos de hora extra ilegal e disseram que estão tomando medidas para corrigir isso.

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O grupo de seis estudantes disse ao FT que estava trabalhando em turnos de 11 horas para a montagem do iPhone X, em Zhengzhou, China . De acordo com as leis trabalhistas chinesas, esse cenário de hora extra realizada por estudantes é ilegal.

O jornal explica que o grupo afirma fazer parte de 3.000 estudantes enviado pela escola Zhengzhou Urban Rail Transit School. Os estudantes têm entre 17 e 19 anos.

Os estudantes disseram ao jornal que a experiência nas fábricas foi obrigatória para que eles pudessem se formar.

“Estamos sendo forçados por nossa escola a trabalhar aqui”, disse uma estudante de 18 anos ao jornal. Detalhe, ela esclarece que o trabalho não tem relação alguma com seus estudos e diz que montou 1.200 câmeras de iPhone X por dia.

Apesar de admitir os casos, a Apple afirmou ao Financial Times que os estudantes optaram por trabalhar.

“Confirmamos que os estudantes trabalharam voluntariamente, eles foram compensados e receberam benefícios, mas eles não deveriam ter sido autorizados a fazer hora extra”, afirmou a empresa ao FT.

A Foxconn também diz saber do problema, mas sustenta que os estudantes foram compensados. A empresa, no entanto, afirma que os turnos alongados violam regras internas.

O iPhone X foi lançado em novembro deste ano. O produto chega como uma versão de luxo do iPhone custando quase mil dólares--no Brasil, será vendido por 7 mil reais.

Consultada pelo FT, a Zhengzhou Urban Rail Transit School não se pronunciou.

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